Bispos mexicanos: "Chega de impunidade e violência!"


Cidade do México (RV) – Sexta-feira, 7 de novembro, em Chilpancingo, o Procurador Geral da República, Jesús Murillo, encontrou-se com pais dos 43 estudantes desaparecidos em Ayotzinapa e lhes informou sobre a confissão de 3 sicários que confessaram como executaram e queimaram os corpos dos jovens, jogando-os em seguida no rio San Juan. A notícia foi publicada amplamente por toda a imprensa mexicana e de outras nações.

A Conferência Episcopal Mexicana (CEM) publicou uma declaração em que expressa solidariedade com as famílias dos estudantes e pede que se ponha fim neste clima de violência: “Unindo a nossa voz à de vocês e à de toda a nossa sociedade, dizemos: chega de tanta corrupção, impunidade e violência!”. A declaração prossegue: “Exortamos as autoridades a indagar até o fim, até as últimas consequências, para saber com certeza qual é a situação dos desaparecidos e punir com todo o peso da lei os autores intelectuais e materiais. Pedimos também que se atue o estado de direito, para colocar fim a todas as formas de violências, às atividades ilegais, à corrupção, à impunidade e à cumplicidade de alguns funcionários com a criminalidade organizada”.

O documento é assinado, em nome de todos os Bispos mexicanos, pelo Arcebispo de Guadalajara e Presidente da CEM, Cardeal José Francisco Robles Ortega, e pelo Secretário da CEM, o Bispo auxiliar de Puebla, Dom Eugenio Lira Rugarcia.

O país agora enfrenta novos protestos depois da confissão dos traficantes. Segunda-feira, 10, centenas de pessoas se concentraram na frente da sede do governo com pedidos de justiça. Na noite anterior, os manifestantes tinham tentado derrubar e botar fogo na porta principal do Palácio Nacional, na capital do país. Em outra cidade, carros foram incendiados. Catorze pessoas foram presas. O ex-prefeito da cidade de Iguala está preso por mandar a polícia entregar os jovens a uma gangue.  

(CM-Fides)








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