Povo sírio não está sozinho, diz secretário do "Cor Unum"


Cidade do Vaticano (RV) - Os cristãos da Síria não estão sozinhos: foi o que afirmou o secretário do Pontifício Conselho Cor Unum, Dom Giampietro Dal Toso, que acaba de retornar de Damasco, capital síria, onde participou de uma reunião da Assembléia dos bispos católicos locais. Enquanto no país do Oriente Médio continuam os combates entre as variadas frentes de rebeldes da insurreição e as frentes das forças pró-regime, prossegue o trabalho silencioso de muitas instituições – católicas e não-católicas – na linha de frente nas atividades de assistência humanitária no país, martirizado por mais de três anos de conflito. A propósito, eis o que nos disse Dom Dal Toso, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Dom Giampietro Dal Toso:-  "Nestes dias em Damasco vi uma aparente normalidade. É claro que para além das aparências há consequências trágicas do conflito, ou seja, o efeito das bombas, das armas, dos atentados. Com isso, devemos ver também que o desdobramento concreto desta guerra combatida com as armas é uma situação sempre mais devastadora para a população no país. Algumas cifras, para entender: quase a metade dos sírios – cerca de dez milhões – vive fora de suas casas; nesta incerteza social não há mais trabalho e, consequentemente, se travou também todo o mecanismo de convivência social; e há dificuldade de acesso aos medicamentos. Portanto, é claro que o que impressiona é ver que também a guerra tem desdobramentos concretos na vida de tantas pessoas, que são dramáticos e que não podemos esquecer."

RV: Daquilo que foi possível constatar, há um grande empobrecimento da população? O presidente da Caritas Síria, Dom Aldo, reiteradas vezes lançou o alarme devido a este empobrecimento da população, não somente cristã, mas de todos os habitantes...

Dom Giampietro Dal Toso:- "Sim, há um empobrecimento geral que pude constatar, sobretudo, através dos colóquios que mantive. E, o quanto possível, se está procurando contrastar esta situação através dos nossos organismos de ajuda – que fazem a sua parte – e através também de muitos organismos que não pertencem à Igreja Católica. Por exemplo, um forte empenho por parte das agências das Nações Unidas." (RL)








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