A transferência do poder da autoridade militar para a autoridade civil e o estabelecimento
de um governo de transição coerente com a ordem constitucional – é quanto pede a comunidade
internacional – entre outros o Departamento de Estado americano através do seu porta-voz
Jen Psaki e o enviado das Nações Unidas para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas
– ao Burkina Faso onde, há dias foi derrubado o Presidente Compaoré, que estava no
poder há 27 anos, e substituído pelo número dois da Guarda Presidencial, o coronel
Zida. Caso contrário, ameaçam sanções ao País. E enquanto o Exército garante que a
transição do poder será gerida democraticamente, a oposição e a sociedade civil convocaram
para este domingo 2 de novembro na capital Ouagadougou, uma grande manifestação na
Praça das Nações - já rebaptizada Praça da Revolução - para reivindicar que "a vitória,
depois da revolta popular, pertence ao povo e, portanto, a gestão da transição é legitimamente
sua e não pode em caso algum ser confiscada pelo exército”.
Entretanto, após as violências dos últimos dias duramente reprimidas pelos militares
e do encontro do coronel Zida com os líderes da oposição, parece ter regressado a
calma ao País: foram reabertas as fronteiras aéreas e foi reduzido o recolher obrigatório
- que permanece em vigor apenas durante a noite – enquanto se espera que as escolas
e muitos escritórios reabram as portas nesta segunda-feira. (BS)
All the contents on this site are copyrighted ©. |