Cardeal Odilo Scherer: Beatificação de Madre Assunta
São Paulo (RV) - A recente Beatificação de Madre Assunta Marchetti, na Arquidiocese
de São Paulo, é o tema do mais recente artigo escrito pelo Arcebispo de São Paulo,
Dom Odilo Pedro Scherer. "O Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas
dos Santos, presidiu a cerimônia da beatificação em nome do papa Francisco. Foi um
momento muito belo, vivido pela nossa Igreja, em São Paulo, onde a nova bem-aventurada
passou a maior parte de sua vida missionária", escreveu Dom Odilo.
O Cardeal
afirmou que "o testemunho de vida cristã, missionária e religiosa de Madre Assunta
é muito para o nosso tempo e a aprovação da sua beatificação, pelo Papa Francisco,
é paradigmática e confirma os rumos apontados pelo seu Pontificado". "Ele nos chama
a sermos uma Igreja da caridade, uma espécie de ‘hospital de campo', atentos às feridas
e sofrimentos da humanidade; uma Igreja samaritana, sensível e solidária, que se coloca
ao serviço de todos. Madre Assunta, no início do século XX, foi ‘mãe dos órfãos, dos
migrantes e dos pobres', dedicando-se inteiramente a lhes aliviar os sofrimentos e
privações a que eram submetidos", destacou.
Dom Odilo lembrou que nós, assim
como Madre Assunta, "somos convocados a ser uma Igreja missionária, uma ‘Igreja em
saída', que leva a todos a alegria do Evangelho (Evangelii gaudium) pela palavra e,
sobretudo, pelos gestos e atitudes concretas". "Seu dinamismo missionário levou muitas
outras pessoas a se agregarem a ela, estendendo ainda mais amplamente sua ação missionária.
Foi também Co-Fundadora de uma Congregação missionária, que continua a viver o seu
dinamismo missionário", ressaltou.
O Arcebispo de São Paulo também destacou
que neste dia 1º de novembro, a Igreja no mundo comemora, "com ação de graças e louvor
a Deus", o Dia de Todos os Santos e recordou que "a santidade é a vocação de todos
os batizados e discípulos de Cristo". "Só está no céu quem é santo e vive em plena
sintonia com Deus.
Os santos e bem-aventurados nos deixaram um exemplo de
vida que nos estimula e encoraja a fazermos bem a nossa parte também." Dom Odilo ainda
assinalou: "os Santos e bem-aventurados não são figuras míticas nem idealizadas. Foram
grandes cristãos, bons católicos, fiéis testemunhas do Evangelho. Foram pessoas reais
e históricas, caminharam pelas ruas de São Paulo". (SP)