2014-10-31 17:22:00

Golpe em Burkina Faso: militares para um governo de transição


O Governo e o Parlamento do Burkina Faso foram dissolvidos e foi decretado no País o recolher obrigatório nocturno. Os protestos para exigir a renúncia do presidente Blaise Compaoré continuam. Multidões enfurecidas incendiaram o Parlamento e outras instalações do governo. Segundo informações dos meios de comunicação nos protestos teria morrido pelo menos uma pessoa, enquanto que a oposição fala de dezenas de manifestantes mortos em todo o país pelas forças da polícia.


O regime de Blaise Compaoré, Presidente do Burkina Faso, está implodindo depois de anos de tirania. Nesta quinta-feira, de facto, depois de três dias de manifestações de massa, uma multidão enfurecida incendiou o Parlamento, a Câmara Municipal da capital e a sede do partido no poder, e foi ocupada a televisão estatal. Os manifestantes até mesmo derrubaram a estátua do presidente, na praça principal da capital, Ouagadougou. A faísca que, por assim dizer, desencadeou a revolta foi o anúncio de uma reforma constitucional para permitir a Compaoré de prolongar ulteriormente o seu mandato, depois de ter morto, há 27 anos atrás, o seu antecessor, o carismático Thomas Sankara. Ontem Compaoré havia dito de estar disposto a renunciar do projecto de reforma constitucional, em troca de uma extensão do seu mandato por três anos, o que irritou ainda mais a população. O facto é que agora o poder está nas mãos do chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general Honoré Traoré. Os militares anunciaram uma transição de pelo menos 12 meses em preparação de novas eleições. Espera-se que seja anunciada nesta sexta-feira a composição do novo governo interino, de facto, uma junta militar.

 








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