A Igreja católica no Egito condena os atentados terroristas no Sinai
Cairo (RV) – A Igreja católica no Egito condena fortemente os atentados terroristas
que provocaram, sexta-feira, 24, a morte de pelo menos 30 soldados em um ‘check-point’
na península do Sinai, a poucos km da fronteira com a Faixa de Gaza. “Nas circunstâncias
que vivemos hoje no país”, consta num comunicado tempestivamente divulgado pelo Patriarca
copta-católico Ibrahim Isaac Sidrak em nome da Assembleia dos Patriarcas e Bispos
das Igrejas católicas presentes no Egito, “enquanto criamos as bases para uma nova
etapa de esperança e de luz para todos os egípcios que aspiram a um futuro melhor
– o que requer unidade entre todos nós – apresentamos o nosso profundo pesar ao Presidente
da República, Abdel Fattah al-Sisi e a todas as valorosas Forças Armadas egípcias”.
Condolências foram também apresentadas às famílias dos soldados mortos, definidos
“mártires”, na certeza que “o sangue dos mártires é semente de progresso e não é derramado
em vão”. O comunicado recebido pela Agência Fides indica o caminho da concórdia e
da unidade nacional como único antídoto diante das agressões terroristas. “Nós, egípcios”,
lê-se ainda no documento, “somos um só povo, unidos com o Presidente e o exército
egípcio, e todos estamos dispostos a oferecer-nos como penhor pelo Egito e por todo
grão de areia do Sinai”.
O atentado, realizado com a explosão coordenada de
pelo menos dois carros-bomba, representa o evento mais sangrento ocorrido no Sinai
desde que foi deposto o precedente presidente Mohammed Morsi, expoente dos Irmãos
Muçulmanos. Depois do atentado, o atual presidente al-Sisi decretou em toda a Península
o estado de emergência, destinado a durar três meses. (Fides-CM)