A Itália dá Samba: novo espaço musical do programa brasileiro – 4ª edição
Cidade do Vaticano
(RV) – O Morro da Magueira foi a casa do autor que inspira o tema deste programa.
José Gonçalves, mais conhecido nas rodas de samba como Zé da Zilda, morreu jovem todavia
deixou alguns sambas que marcam um período muito especial da Música Popular Brasileira.
Em
O Livro de Ouro da MPB, Ricardo Cravo Albin aborda brevemente o legado musical
de Zé da Zilda. Junto com a cantora Zilda, sua esposa, “eles ganhariam vários carnavais
com êxitos como “Ressaca” e “Império do Samba”, afirma Albin, reiterando que Zé da
Zilda era “cavaquinhista e violonista, cantor e compositor de sambas e emboladas...”.
Não
quero mais amar ninguém
Muitos anos após as primeiras gravações originais
de “Não quero mais”, interpretadas por nomes como Aracy de Almeida e Leny Andrade,
Paulinho da Viola regravaria a canção, adicionando duas palavras ao título.
Mais
recentemente, uma nova geração de músicos das rodas de samba do Rio de Janeiro repropôs
um dos mais belos sambas de Zé da Zilda: “Um calo de estimação”, composta junto com
Zé Tadeu em 1944. Na interpretação de Teresa Cristina e Pedro Miranda para o documentário
Brasileirinho (2005), a música ganha arranjos “modernos de raiz”, numa simbiose
que bem representa a alma do samba, que nunca está ultrapassado. Inspirada nessa história,
nossa convidada Sabrina Simonetti, cavaquinhista italiana apresenta a sua versão para
esse “vovô” do samba de raiz. (RB)