Somos povo unido em Jesus, não pessoas que se arranjam sozinhas – o Papa em Santa
Marta
Somos um povo
unido em Jesus, não pessoas que se arranjam sozinhas – esta a principal mensagem do
Papa Francisco em Santa Marta na terça-feira dia 21 de outubro. Na sua reflexão o
Santo Padre procura fundir os ensinamentos das duas leituras do dia: Carta de S. Paulo
aos Efésios capítulo 2 e Evangelho de S. Lucas no seu capítulo 12. E a primeira ideia
fundamental que nos deixa o Papa Francisco é que nós sem Cristo não temos identidade.
Aquilo que veio fazer Jesus connosco é dar-nos cidadania, pertença a um povo, nome
e apelido. E assim Jesus junta-nos com o seu sangue abatendo o muro da separação que
divide – afirmou o Papa Francisco:
“Todos nós sabemos que quando não
estamos em paz com as pessoas, há um muro que nos divide. Mas Jesus oferece-nos o
seu serviço de abate deste muro para que nos possamos encontrar. E se estamos divididos
não somos amigos: somos inimigos. E fez mais para reconciliar todos em Deus: Reconciliou-nos
com Deus: de inimigos a amigos; de estranhos a filhos.”
De gente de
estrada que nem sequer convidados eram a familiares de Deus foi isto que Jesus fez
com a sua vinda – afirmou o Papa que declarou ainda que só há uma condição: Esperar
Jesus:
“Esperar Jesus. Quem não espera Jesus, fecha a porta a Jesus,
não o deixa fazer esta obra de paz, de comunidade, de cidadania, mais: de nome. Dá-nos
um nome. Faz-nos filhos de Deus. Esta é a atitude de esperar Jesus, que está dentro
da esperança cristã. O cristão é um homem ou uma mulher de esperança.”
“
O cristão é um homem ou uma mulher que sabe esperar Jesus e por isto é um homem ou
uma mulher de esperança. Ao contrário, o pagão – e tantas vezes nós cristãos comportamo-nos
como pagãos – o pagão esquece-se de Jesus, pensa em si próprio, nas suas coisas, não
espera Jesus. O egoísta pagão faz como se fosse um deus: eu arranjo-me sozinho. E
isto acaba mal, acaba sem nome, sem proximidade, sem cidadania.” (RS)