2014-10-21 11:37:12

Crianças, clima, cooperação e indígenas. Santa Sé se pronuncia na ONU


RealAudioMP3 Nova York (RV) – Dom Bernardito Auza, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, participa da 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU, e se pronunciou diversas vezes, abordando temas como a condição das crianças, as mudanças climáticas, a cooperação internacional e a situação dos indígenas.

Nos últimos anos, quase três milhões de crianças foram mortas em guerras; seis milhões ficaram inválidas e dezenas de milhares foram mutiladas por minas terrestres. Neste cenário, descrito por Dom Bernardito Auza, os progressos para reduzir a mortalidade infantil e melhorar o acesso à alimentação, à água e à educação são anulados pelos conflitos. Também existem crianças sofrendo fome, que precisam de remédios; menores vendidos a traficantes, explorados sexualmente, recrutados como soldados ou empregados em trabalhos arriscados. “Eliminar a violência contra as crianças requer que os Estados, os governos, a sociedade civil e as comunidades religiosas protejam as famílias”, frisou o diplomata.

Em seu pronunciamento sobre o desenvolvimento sustentável e as mudanças climáticas, Dom Auza reafirmou que a Santa Sé aponta duas urgências: a erradicação da pobreza e a sustentabilidade ambiental. “As emissões de gases nas sociedades industrializadas ameaçam os países pobres, e é por isso que a Santa Sé considera que as mudanças climáticas não são apenas uma questão ambiental, mas uma questão de justiça”, lembrou.

O observador falou ainda de cooperação internacional: “Os Estados são chamados a colaborar para assegurar que os frutos dos progressos científicos beneficiem os pobres de todo o mundo e não sejam causa de novas desigualdades econômicas e sociais”.

Em relação à questão indígena, “a Santa Sé está firmemente convencida de que nenhuma discriminação com base na raça, sexo, religião ou etnia deve ser tolerada”. A delegação reafirmou três conceitos básicos: os povos indígenas do mundo têm os mesmos direitos humanos fundamentais de toda pessoa, povo ou nação para o desenvolvimento; a realização deste direito deve ser, tanto quanto possível, coerente e harmoniosa com a sua identidade e valores específicos; e os povos indígenas devem ter direito de palavra sobre o seu próprio desenvolvimento. “A Santa Sé reitera o seu compromisso para a promoção do desenvolvimento integral da de mais de 370 milhões de indígenas, em cerca de 90 países, em todas as regiões do mundo”.
(CM)









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