Círculos Menores realizados em "comunhão, fraternidade e pastoralidade"
Cidade do Vaticano (RV) – Comunhão, fraternidade e pastoralidade. Este é o
clima que se respira nos Círculos Menores do Sínodo Extraordinário sobre a Família,
reunidos nesta segunda semana do Sínodo para trabalhar na elaboração dos documentos
finais. Foi o que contou o Cardeal Luis Martinez Sistach, Arcebispo de Barcelona e
moderador de um dos Círculos, durante o briefing realizado na Sala de Imprensa da
Santa Sé.
Também estiveram presentes no encontro com os jornalistas o Presidente
do Pontifício Conselho para a Promoção da nova Evangelização, Arcebispo Rino Fisichella
e o Presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Joseph Kurtz, na condição
de relator e moderados de outros Círculos menores, respectivamente.
Nesta quarta-feira
realizou-se a V e a VI sessão dos Círculos Menores do Sínodo. Padre Federico Lombardi,
assim explicou a presença no encontro destes representantes dos diversos grupos de
trabalho, isto é, dos Círculos menores:
“Após a ‘Relatio post disceptationem’
se entra nesta fase, de uma dinâmica também mais interativa, de grupos mais restritos,
lingüísticos, que trabalham mais rapidamente, cada um na própria língua e que produzem
uma reação sistemática à ‘Relatio’, de modo a dar contribuições com as quais se elabora
a ‘Relatio Sinodi’, ou seja, o sucessivo passo que é aguardado desta Assembleia”.
Dom
Martinez Sistach explica que um dos motivos para o clima de comunhão e fraternidade
que se respira nos Círculos Menores e na Sala do Sínodo, é a problemática da família
hoje, que é comum a todos os continentes. Além disto, as propostas apresentadas no
seu Círculo lingüístico foram todas aprovadas por unanimidade.
Respeito e
diálogo na modalidade de trabalhos foram as característica evidenciadas por Dom Kurtz,
enquanto o Arcebispo Fisichella sublinha que os dias dos Círculos Menores são os mais
fecundos para o Sínodo. É onde se trabalha sem limite de tempo e com a máxima liberdade
de expressão, em um contexto geográfico muito amplo, devido à presença de membros
de numerosos países. Essencial, além disto, o papel da família no contexto da nova
evangelização:
“O Sínodo tem plena consciência da importância da evangelização,
justamente na sua peculiaridade de ser uma nova evangelização. Isto significa uma
consciência por parte dos fiéis, dos nossos cristãos, e neste caso implica em animar
ainda mais as nossas famílias cristãs na consciência de estarem “em saída”, de serem
capazes, isto é, de darem um testemunho muito profundo da sua vida cristã, feita de
alegria e de sofrimentos, mas sustentados pela fé, pois assim e tem a capacidade de
quer participar também aos outros esta bela experiência da vida matrimonial e da família
cristã”.
Ulteriores observações surgidas nos Círculos Minores – continua
o Arcebispo – pedem em particular que os documentos finais do Sínodo tratem também
sobre os testemunhos positivos das famílias e incluam outros temas, não debatidos
na Sala Sinodal, como por exemplo as adoções. (JE)