Cardeal Parolin sobre Oriente Médio: agressor deve ser detido
Cidade do Vaticano (RV) - “A gravidade da situação” no Oriente Médio, causada
pela ofensiva do grupo Estado Islâmico, “exige também respostas articuladas e complexas”.
O agressor “se deve tentar deter em todos os modos”. Estas são as declarações feitas
neste final de semana à agência italiana Ansa pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro
Parolin, que precisou que soluções “concretas” para esta crise devem ser determinadas
no âmbito da ONU. Referindo-se à “preocupação” do Papa pelos eventos no Oriente Médio,
o Cardeal Parolin reiterou a posição segundo a qual o uso da força deve ser considerado
legítimo se tem como objetivo deter o agressor e se estabelecido em um contexto internacional
multilateral.
Enquanto isso, na Síria continua o assédio do grupo Estado Islâmico
no enclave curdo de Kobane, onde pelo menos 554 pessoas foram mortas desde o início
da ofensiva. Do Cairo, onde participou da Conferência de países doadores para a reconstrução
da Faixa de Gaza, o Secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, exortou “todas as partes
a empenharem-se para evitar um massacre de civis”. Seriam já 10 mil os jihadistas
prontos a entrar na capital iraquiana.
Na fronteira entre a Síria e a Turquia,
tenta resistir a cidade curda de Kobane. Apesar dos bombardeios da coalizão internacional,
os milicianos do Estado Islâmico continuam a manter suas posições dentro e fora da
cidade e - de acordo com o Observatório para os Direitos Humanos na Síria - esperam
reforços de outras partes do auto-proclamado califado.
Igualmente preocupante
é o avanço do grupo fundamentalista no Iraque, onde a Província ocidental de Al Anbar,
sede de importantes depósitos de armas, corre o risco de cair sob o controle total
do califado. Em uma explosão perdeu a vida também o chefe da polícia local. Seriam
10 mil os jihadistas prontos, em Al Anbar a entrar em Bagdá.
Ainda hoje, no
nordeste da capital iraquiana, o grupo EI reivindicou a autoria do tríplice atentado
na cidade de Qara Tapah: três carros-bomba explodiram, causando trinta mortes entre
os oficiais curdos que controlavam a área. Entretanto, no norte do país, em Erbil,
está chegando uma equipe de especialistas britânicos, que deverá instruir as forças
curdas contra o grupo EI no uso de metralhadoras fornecidas pelo Reino Unido. (SP)