2014-10-07 15:54:31

Sínodo: testemunho de casal australiano


Cidade do Vaticano (RV) – Continuam nesta terça-feira, 7, os trabalhos do Sínodo Extraordinário dedicado ao tema da Família. Na tarde de ontem, com início às 16h30 (hora loca), e na presença do Papa Francisco teve início a 2º Congregação geral, que se concluiu por voltas das 19h. Com essa Congregação teve início o debate geral que segue a ordem temática, correspondendo às partes e aos capítulos do “Instrumentum laboris”. O tema abordado na tarde desta segunda-feira foi O plano de Deus sobre a família (Parte I, cap. 1) e O conhecimento da Sagrada Escritura e do magistério sobre o matrimônio e a família (Parte I, cap. 2).

Os trabalhos foram abertos com uma breve apresentação do Presidente Delegado, Cardeal André Vingt-Trois, Arcebispo de Paris, que após uma breve introdução dos capítulos a serem analisados, apresentou o casal Romano e Mavis Mirola, diretores do Conselho Católico Australiano Família e Matrimônio, que participam como auditores.

O casal australiano apresentou seu testemunho de vida, como Cristo, a vida familiar, a oração, o relacionamento com outros casais católicos e com os sacerdotes foram importantes para viver uma espiritualidade no matrimônio. O casal destacou ainda como sentiu a necessidade de traduzir na linguagem atual os ensinamentos do magistério da Igreja, em particular a “Humanae Vitae” de Paulo VI e a “Familiaris Consortio” de João Paulo II.

No seu testemunho o casal destacou que a família, no “Instrumentum laboris” é apresentada como “a beleza do amor humano, como reflexo do amor divino como registrado na tradição bíblica e nos profetas”. Mas na verdade, a vida familiar é cheia de pequenos e grandes dramas, e citaram alguns exemplos de famílias que conhecem e que ajudam: a de uma mãe solteira que educa seus filhos e frequenta a igreja, apesar de alvo de algumas rejeições; a de outra família que aceita um filho homossexual, porque afirmam “ele continua sendo e é nosso filho”; a de uma viúva que cuida do filho de 44 anos com síndrome de Down e esquizofrenia, que está preocupada com o filho quando ela morrer... Diante do grande cenário em que a família se encontra hoje, o casal focalizou o aspecto evidenciado no “Intrumentum laboris” de como preparar o clero diante dos desafios que a família enfrenta. A resposta deles é a do Papa Bento XVI: “Isso exige uma mudança de mentalidade, especialmente em relação aos leigos. Eles já não devem ser visto como "colaboradores" do clero, mas verdadeiramente reconhecido como "co-responsáveis", para ser e agir da Igreja".

Ainda na tarde de ontem, tomaram a palavras alguns prelados. O cardeal hondurenho Oscar Maradiaga lamentou que os jovens atuais sejam educados para tudo com exceção para o matrimônio e defendeu que esta preparação deveria iniciar logo após a Crisma. O cardeal Wilfrid Napier, da África do Sul, apresentou como a Igreja deve agir em relação à família; apontou a figura do bom samaritano, que vai ao encontro dos feridos da vida familiar e cuida deles. Por fim, o Arcebispo japonês Takeo Okada lembrou o testemunho dos leigos de seu país que mantiveram a fé a transmitiram a seus filhos, durante séculos de perseguição, quando o cristianismo era proibido. (SP)







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