Sínodo: Desatar os nós que impedem as pessoas de se encontrarem
Cidade do Vaticano
(RV) – As preocupações do Papa Francisco com a família estão contidas em sua
Exortação Apostólica, a Evangelii Gaudium.
Como todas as comunidades e vínculos
sociais, "a família atravessa uma crise cultural profunda", analisa o Pontífice. No
caso da família, a fragilidade dos vínculos reveste-se de especial gravidade, porque
se trata da célula básica da sociedade, o espaço onde se aprende a conviver na diferença
e a pertencer aos outros e onde os pais transmitem a fé aos seus filhos. O matrimônio
tende a ser visto como mera forma de gratificação afetiva, que se pode constituir
de qualquer maneira e modificar-se de acordo com a sensibilidade de cada um.
Essa
visão é fruto do individualismo pós-moderno e globalizado, que favorece um estilo
de vida que debilita o desenvolvimento e a estabilidade dos vínculos entre as pessoas
e distorce os vínculos familiares. Para o Reitor do Colégio Pio Brasileiro, Pe.
Geraldo Maia, é justamente este o maior desafio que as famílias enfrentam. É o desafio
de encontrar meios de as pessoas se relacionarem, de se encontrarem, como disse o
próprio Papa na vigília de oração pelo Sínodo.