2014-10-03 13:34:27

Ano letivo recomeça em Gaza


Cidade do Vaticano (RV) - Após bombardeios, escola do Patriarcado de Jerusalém dos Latinos é restaurada. Gaza está de volta às aulas.

Lousas perfuradas por balas, paredes com sinais de destruição, cadeiras vazias dos companheiros que se foram. Assim tem sido o retorno às aulas dos 240 mil estudantes na Faixa de Gaza. É nesse cenário que começa o ano escolar em algumas das 252 escolas administradas pela agência da ONU para refugiados (ACNUR) na região.

Situação de extrema dificuldade que a Instituição da Sagrada Família, que foi alvo do atentado no conflito Israel-Palestina no mês de julho, conseguiu superar graças ao apoio de generosos benfeitores.

Por ocasião do reinício das aulas, o Padre Imad Twal, diretor-geral do Patriarcado Latino, emitiu um comunicado no qual descreve o trabalho realizado e agradece a todos que apoiaram e ajudaram os cristãos em Gaza.

“Em nome do Patriarcado de Jerusalém dos Latinos, do pároco de Gaza e de todos os nossos funcionários e alunos da escola da Sagrada Família em Gaza - declara - eu gostaria de expressar minha gratidão por sua pronta assistência e caridade que permitiu aos nossos alunos na Faixa de Gaza voltarem à escola”.

“A educação - diz - é um direito de todos e tornou-se inacessível para os nossos alunos, porque o Instituto ofereceu abrigo para muitas famílias deslocadas. As salas de aula, consequentemente, estão um desastre: os escritórios danificados, as cortinas rasgadas e sujas, os banheiros completamente inviáveis e os reservatórios de água parcialmente destruídos. Nessas condições - por favor, notem – tornou-se impossível acomodar os alunos no início do novo ano escolar”.

Ele salienta: “Com o seu apoio, o pessoal do Patriarcado Latino trabalhou duro para fornecer trezentas novas mesas e cortinas. Além disso, os banheiros da escola foram reparados e reequipados. Novos tanques de água e um novo medidor elétrico também foram inseridos, ao mesmo tempo que foi reparado o gerador elétrico que havia sido danificado”.

O desejo de recuperação une os esforços daqueles que estão empenhados em ajudar, especialmente os mais jovens, a superar o choque dos bombardeios. “Após os traumáticos 50 dias de conflito brutal, morte, destruição e deslocamento maciço, estamos determinados a dar às crianças uma nova esperança e melhores perspectivas, reabrindo as escolas o mais rápido possível”, disse em comunicado divulgado pelo Comissário-Geral da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente).

Mais de noventa escolas em Gaza foram usadas como abrigo para as muitas pessoas deslocadas em decorrência dos bombardeios contra a população civil da Faixa de Gaza. E a equipe da UNRWA nas últimas semanas tem continuado a trabalhar dia e noite para se preparar para o retorno dos alunos à escola. Um compromisso difícil, porque ainda há poucos dias atrás, cerca de trinta instituições estavam sendo utilizadas como abrigos. No entanto, a agência da ONU quer garantir a segurança e a normalidade para as crianças dentro das escolas. Com isso cerca de 7.800 professores estão sendo treinados para ensinar as crianças em Gaza.
(KSF)








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