2014-09-29 16:52:03

"Fidelidade doutrinal, mas também caridade pastoral" para enfrentar tema da família, diz Superior dos orionitas


Cidade do Vaticano (RV) – “Ocorreu um ‘cisma’ silencioso de tantíssimas famílias, de tantos homens e mulheres afastados dos sacramentos por serem divorciados recasados ou por conviverem: são os novos irmãos separados de hoje”. Foi o que defendeu o Superior Geral da Obra Dom Orione, Padre Flavio Peloso, em vista do Sínodo Extraordinário sobre a Família que terá seu início em 5 de outubro, no Vaticano. O sacerdote observa que “mesmo n’eles existe uma certa comunhão, mesmo que imperfeita. Neste contexto, a Igreja deseja ir ao encontro dos novos irmãos separados”.

Para o sacerdote orionita, “o fenômeno é tão vasto e a perda da pertença eclesial e da participação aos sacramentos dos divorciados e recasados, arrasta, num efeito cascata, os filhos e todos que estão envolvidos na sua situação irregular. Quem tem espírito eclesial e senso pastoral deve advertir a extensão e a dramaticidade deste ‘cisma’. É necessário perguntar-se e colocar-se em movimento para restabelecer a comunhão possível. É o que pretende fazer o Papa Francisco, envolvendo toda a Igreja com o Sínodo dos Bispos”, assegura.

O Superior Geral da Obra Dom Orione explica que “o Papa Francisco convocou o Sínodo Extraordinário sobre a família apenas oito meses após o início de seu pontificado e isto significa que ele considera urgente para o bem da Igreja, tomar decisões para a promoção da família, fortemente ameaçada pela crise cultural e espiritual atual, por ideologias aberrantes sustentadas poderosamente. Mas a expectativa está concentrada, sobretudo, nas respostas pastorais àquela grande parte dos cristãos em situações matrimoniais difíceis: separados e divorciados recasados, uniões de fato, famílias somente com um genitor”.

“O tema – sublinha Padre Peloso – é tão delicado, como é delicada a busca de comunhão com aqueles cristãos e Igrejas separadas, que gozam de uma certa comunhão, se bem que imperfeita. É positivo que a Igreja enfrente esta problemática com fidelidade doutrinal, mas também com caridade pastoral. A solução não virá, certamente, mudando a doutrina sobre a unicidade do matrimônio, mesmo que alguns não-católicos esperem isto, mas encontrando os caminhos pastorais para valorizar e sustentar aquela vida de fé e aquela pertença eclesial que continua, em muitos casos, mesmo em quem feriu a sua integridade de vida e de fé”. (adnkronos - JE)








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