Rei da Jordânia: os cristãos são parte do Oriente Médio
Nova Iorque (RV) – “Permitam-me dizer novamente: os árabes cristãos são parte
essencial do passado, do presente e do futuro da minha região”. Assim o Rei da Jordânia
Abdullah II, no seu pronunciamento na 69ª Assembléia Geral da ONU, salientou diante
da qualificada platéia internacional, a importância da presença da comunidade cristã
no Oriente Médio. Os cristãos, de forma alguma, podem ser considerados hóspedes ou
estrangeiros nas terras que viram a primeira difusão do cristianismo, afirmou.
No
discurso pronunciado no Palácio de Vidro, em Nova Iorque, o monarca repropôs o papel
do reino hashemita como garantia de uma declinação da identidade islâmica, aberta
ao diálogo com as outras religiões: “Os ensinamentos do verdadeiro Islã – reiterou
Abdullah II – são claros: os conflitos e os choques sectários são totalmente condenáveis.
O Islã proíbe a violência contra cristãos e outras comunidades presentes em cada país”.
O
Rei da Jordânia alertou os líderes muçulmanos e de outras religiões, para trabalharem
juntos contra ações mistificatórias e voltadas a dividir, destacando com orgulho o
seu país por “ter promovido iniciativas inter-religiosas e inter-confessionais”.
O
monarca também anunciou que a Jordânia apresentará um esboço de resolução para que
sejam reconhecidos como genocídio e crimes contra a humanidade as recentes violências
perpetradas com base religiosa no Iraque e na Síria. (JE)