Brasília: 112° Curso de Iniciação à Missão acolhe 22 missionários (as) de 13 países
Brasília (RV) - Teve início no último dia 14 de setembro, em Brasília, o 112º
Curso de Iniciação à Missão no Brasil, promovido pelo Centro de Formação Intercultural
(Cenfi) e organizado pelo Centro Cultural Missionário (CCM). Com duração de três meses,
o curso é oferecido aos missionários e missionárias enviados por congregações, dioceses,
entidades ou organizações do exterior, para a missão no Brasil.
Esta edição
do curso do Cenfi conta com a participação de 22 missionárias e missionários provenientes
de 13 diferentes países: Indonésia, Índia, Coreia do Sul, Vietnã, Chade, República
Democrática do Congo, Haiti, Colômbia, Equador, Argentina, Chile, México e Polônia.
A
programação contempla quatro propostas integradas: ensino sistemático da língua portuguesa;
estágio em casas de famílias; introdução à sociedade e à Igreja no Brasil; uma vida
em comum que proporciona intenso intercâmbio entre os participantes, vindos de diferentes
países, culturas e igrejas, e uma adaptação à vida no Brasil através de relações fraternas.
O
secretário executivo do CCM, Padre Estêvão Raschietti, explica que "o curso do Cenfi
é um tempo muito especial que o missionário deve reservar para si: aprender a língua
portuguesa, para conhecer os costumes e as aspirações do povo brasileiro; despojar-se
de sua cultura sem arrancá-la; rever suas visões de mundo, para melhor se colocar
diante dos novos apelos; realizar um verdadeiro mergulho na nova cultura carregando
os valores de sua própria cultura como bagagem para enriquecer o outro".
O
sacerdote observa ainda, que a avaliação do missionário é realizada durante todo o
curso: “ele estará sendo sempre avaliado por meio de atividades sugeridas pelas professoras
e pela coordenação. Estas atividades consistem em dinâmicas em grupo, avaliações individuais
(exercícios), serviços comunitários e projetos elaborados pelos missionários".
A
eficácia da formação é testada também nos estágios que os missionários fazem em casas
de famílias. "O objetivo é proporcionar o amadurecimento humano e missionário. O acolhimento
faz parte integrante da vida do nosso povo. Ouvir o povo, se relacionar com simplicidade,
discernir o tipo de relacionamento entre as pessoas é uma experiência significativa
na pedagogia da encarnação", acrescenta o secretário.
Padre Estêvão observa
ainda, que “a Igreja no Brasil deve se sentir profundamente grata a esses missionários
pelo seu testemunho de entrega total e generosa à causa do Reino. Por isso, deseja
de alguma forma colaborar com sua inserção no meio de nós, através desse serviço oferecido
pelo Centro Cultural Missionário”.
O curso é realizado desde 1960 e estima-se
que tenha sido freqüentado por cerca de 4.000 missionários e missionárias de todo
o mundo. (CRB – JE)