A Semana do Papa – uma síntese das principais atividades de 15 a 21 de setembro
Dia 15 Como
sem Maria não existiria Jesus, assim, sem a Igreja não podemos andar em frente – esta
a mensagem essencial do Papa Francisco na Missa em Santa Marta na segunda-feira, dia
15. Segundo o Santo Padre os cristãos não são orfãos pois têm Maria, Mãe de Jesus
e nossa Mãe. Mas também a Igreja é mãe quando faz o mesmo caminho de Jesus e de Maria:
quando obedece, quando sofre e quando aprende – afirmou o Papa Francisco:
“
E esta é também a nossa esperança. Nós não somos orfãos, temos Mães: a Mãe Maria.
Mas também a Igreja é Mãe e também a Igreja é ungida Mãe quando faz o mesmo caminho
de Jesus e de Maria: o caminho da obediência, o caminho do sofrimento e quando tem
aquela atitude de aprender continuamente o caminho do Senhor. Estas duas mulheres
– Maria e a Igreja – levam em frente a esperança que é Cristo, dão-nos Cristo, geram
Cristo em nós. Sem Maria não existiria Jesus; sem a Igreja, não podemos andar em frente.”
Dia
16 Na manhã de terça-feira, dia 16, na Missa em Santa Marta o Papa Francisco proferiu
uma afirmação forte e contundente: Até podemos fazer belas pregações, mas se não damos
esperança, a pregação não serve. É vaidade:
“Quando Deus visita o seu
povo, restitui ao povo a esperança. Sempre. Pode-se pregar a Palavra de Deus brilhantemente:
houve na história tão bons pregadores. Mas se estes pregadores não são capazes de
semear esperança, aquela pregação não serve. È vaidade.”
Dia 17 Na
audiência Geral do Papa Francisco na quarta-feira dia 17 de setembro o tema da catequese
foi a Igreja católica e apostólica.
“...quando professamos a nossa
fé, nós afirmamos que a Igreja é católica e apostólica.”
Mas qual
o significado destas duas características da Igreja? E que valor têm para as comunidades
cristãs e para cada um de nós? – interrogou-se o Santo Padre.
“Símbolo
evidente da catolicidade da Igreja é que essa fala todas as línguas. E isto não é
outra coisa que não o efeito do Pentecostes: é o Espirito Santo, com efeito, que colocou
os Apóstolos e toda a Igreja em modo de fazer ressoar a todos, até aos confins da
Terra, a Boa Notícia da salvação e do amor de Deus.”
Assim se a Igreja
nasceu católica – continuou o Papa Francisco – quer dizer que nasceu «em saída», nasceu
enviada em missão, ou seja, apostólica: permanecendo fiel sobre o alicerce dos Apóstolos,
a Igreja é enviada a todos os homens para lhes anunciar o Evangelho com os sinais
da ternura e do poder de Deus.
“Mas o que significa para as nossas comunidades
e para cada um de nós, fazer parte de uma Igreja que é católica e apostólica”– perguntou o Santo Padre.
“Antes de mais, significa tomar a peito
a salvação de toda a humanidade, não sentir-se indiferente ou estranho perante ao
destino de tantos nossos irmãos, mas abertos e solidários para com eles. Significa,
além do mais, ter o sentido da plenitude da harmonia da vida cristã, recusando sempre
as posições parciais, unilaterais, que nos fecham em nós próprios.”
Dia
18 O Papa Francisco recebeu na quinta-feira, dia 18 os novos bispos, recentemente
ordenados e proferiu um discurso com algumas importantes recomendações:
“Qualquer
autêntica reforma da Igreja começa pela presença – a de Cristo, que nunca falta, mas
também a do Pastor que rege em nome de Cristo. Não se trata de uma piedosa recomendação!
Quando falta o Pastor, ou não é abordável, ficam em jogo a cura pastoral e a salvação
das almas.”
“Não
sois bispos a prazo, que têm necessidade de mudar constantemente de orientação, como
os remédios que com o tempo perdem a capacidade de curar, ou como os alimentos já
deteriorados que têm que ir para o lixo. “
“O acolhimento seja
para todos, sem discriminações, oferecendo a firmeza da autoridade que faz crescer
e a mansidão da paternidade que gera.”
“E por favor, não cedais
à tentação de sacrificar a vossa liberdade interior circundando-vos de cortesãos,
de pessoas da mesma linha, de coros de consenso, pois nos lábios do Bispo a Igreja
e o mundo têm o direito de encontrar sempre o Evangelho que torna livres. “
Dia
19 O Santo Padre recebeu em audiência, na Sala Paulo VI, na tarde de sexta-feira,
os participantes no Encontro internacional intitulado “O projeto pastoral da Evangelii
Gaudium” (a alegria do Evangelho), promovido pelo Conselho Pontifício para a Nova
Evangelização. Nessa ocasião, o Santo Padre afirmou que uma pastoral sem oração não
atinge o coração.
“Uma pastoral sem oração e contemplação jamais
poderá atingir o coração das pessoas. Ela se deterá na superfície e não deixará a
semente da Palavra de Deus morrer, germinar, crescer e produzir frutos. Não dispomos
de uma varinha mágica para fazer tudo, mas da confiança no Senhor, que nos acompanha
e jamais nos abandona”.
O Santo Padre concluiu o seu discurso aos
participantes no Encontro Internacional sobre a “Evangelii gaudium”, agradecendo
o empenho de todos e exortando os presentes a darem testemunho do Evangelho porque
é o testemunho que dá validade à palavra!
Dia 21 Neste domingo dia 21 de
setembro o Papa Francisco viajou até à Albânia e logo no seu discurso às Autoridades
deixou claro que ninguém deve usar a religião como pretexto para ações contra a vida
e a dignidade do homem:
“A convivência pacífica entre as várias comunidades
religiosas é, efetivamente, um bem inestimável para a paz e o desenvolvimento harmonioso
de um povo. Trata-se de um valor que deve ser defendido e incrementado, cada dia,
através da educação para o respeito das diferenças e das identidades específicas abertas
ao diálogo e à cooperação para o bem de todos, através do exercício do conhecimento
e da estima de uns pelos outros.”
“Num mundo que tende à globalização
económica e cultural, é preciso fazer todo o esforço possível para que o crescimento
e o progresso sejam postos à disposição de todos… À globalização dos mercados é preciso
que corresponda a globalização da solidariedade; o crescimento económico deve ser
acompanhado por um maior respeito pela criação…”
Na homilia da Missa
celebrada em Tirana, na Praça Madre Teresa, o Papa Francisco evocou a Albânia como
uma terra de mártires e encorajou os católicos a um novo protagonismo missionário:
“Podemos
dizer que a Albânia foi uma terra de mártires: muitos bispos, sacerdotes, religiosos
e fiéis leigos pagaram com a vida a sua fidelidade. Não faltaram testemunhos de grande
coragem e coerência na profissão da fé.”
“Hoje, abriram-se de
novo as portas da Albânia e está amadurecendo uma estação de novo protagonismo missionário
para todos os membros do Povo de Deus: cada batizado tem um lugar e um dever a desempenhar
na Igreja e na sociedade. Que cada um se sinta chamado a comprometer-se generosamente
no anúncio do Evangelho e no testemunho da caridade, a reforçar os laços da solidariedade
a fim de promover condições de vida mais justas e fraternas para todos.”
Na
tarde deste domingo de destacar o encontro do Papa Francisco com os líderes das diferentes
religiões da Albânia e declarou:
“Ninguém pode usar o nome de Deus, para
cometer violência. Matar em nome de Deus é um grande sacrilégio. Discriminar em nome
de Deus é desumano. “
E com o Angelus deste domingo
terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia
de 15 a 21 de setembro. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV
em língua portuguesa. (RS)