2014-09-19 13:18:36

Cardeal Maradiaga: impacto da crise econômica sobre a família


Cidade do Vaticano (RV) - O impacto da crise econômica e social sobre as famílias. Os desafios pastorais diante da precariedade dos sentimentos que ameaça a estrutura da família. Foram alguns dos temas ao centro do Seminário internacional “A família um recurso para a superação da crise”, que teve início nesta quinta-feira em Roma e promovido pela Caritas Internationalis e pelo Pontifício Conselho para a Família.

Uma economia não pode ser chamada de moderna se concentra as riquezas, se produz desemprego, se divide a humanidade entre "incluídos e excluídos." O verdadeiro desafio, disse o Cardeal Oscar Maradiaga, Presidente da Caritas Internationalis, é re-estabelecer, junto com as famílias e sobre os valores evangélicos “uma economia e uma sociedade que está verdadeiramente orientada para o bem comum”:

R. - Um dos pontos é o que fazer para ajudar os jovens que desejam construir uma família: se não têm a possibilidade de sair da pobreza extrema, não poderemos ter famílias saudáveis. É necessário que nós preocupemos dos pobres no tema da família. Eles também têm o direito de formar uma família. Eles também têm direito a ter as condições necessárias para olhar para o futuro com esperança e não simplesmente como sobreviver.

P. - E hoje, para as famílias, é cada vez mais difícil encontrar as respostas que permitam olhar com maior serenidade para o futuro ...

R. - Como podemos recomendar aos jovens para se casarem se eles não têm uma casa e nem mesmo a possibilidade de ter uma casa, dadas as condições econômicas atuais? O bem comum significa favorecer o futuro dos jovens, para que possam formar famílias, para que possam viver com qualidade de vida. A qualidade de vida não é só considerar tudo o que oferece a sociedade de consumo, mas para oferecer verdadeiramente as condições para que cada pessoa viver com dignidade.

Deve ser valorizada, disse Dom Vincenzo Paglia, Pesidente do Pontifício Conselho para a Família, a dimensão da pobreza entendida como sobriedade, mas, acima de tudo, “como liberdade da escravidão do consumo”. “O não ser escravos do hiperconsumismo, delinear uma vida mais sóbria. Tudo isso - continou Dom Paglia - é um valor que deve ser redescoberto, porque ajuda o mundo a ser mais humano. Nós, os cristãos devem redescobrir as palavras às vezes esquecidas de Jesus: “Há mais alegria em dar do que em receber”. (SP)







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