Cristianismo e desigualdade social: o paradoxo filipino
Manila (RV) - A viagem ao Sri Lanka
e Filipinas será a primeira de Francisco em 2015. A capital, Manila, será a porta
de entrada para o Pontífice. E aqui se encontra a reportagem do Programa Brasileiro.
Durante uma semana, vamos saber como os filipinos estão aguardando a chegada do Papa,
no próximo mês de janeiro, e conhecer de modo especial o trabalho da Pastoral da Criança,
que está completando 10 anos de presença no país. Mas antes de iniciar a nossa viagem,
vamos conhecer um pouco das características das Filipinas – que constituem um dos
maiores arquipélagos do mundo, com mais de sete mil e 100 ilhas concentradas ao largo
da costa sudoeste da Ásia, entre Taiwan e Bornéu.
O país tem 100 milhões de
habitantes, dos quais 18 milhões em Manila. As Filipinas representam uma exceção no
sudeste asiático em particular, e na Ásia em geral, pois cerca de 90% da população
é católica. E como na maioria dos países católicos, paradoxalmente, a desigualdade
é um aspecto marcante da sociedade. Luxo e lixo convivem lado a lado, num abismo gritante
entre ostentação e degrado. Se para a lógica humana é difícil entender. Para o espírito
cristão, deveria ser difícil aceitar.
Além das intempéries humanas, os filipinos
têm que enfrentar as intempéries naturais. O arquipélago se localiza numa região sísmica,
com o registro frequente de temores de terra e, de junho a novembro, de tufões. O
de novembro do ano passado, matou cerca de 10 mil pessoas, assolando a região de Leyte.
Foi naquela ocasião que Francisco comunicou seu desejo de visitar as Filipinas, para
manifestar solidariedade ao povo. Logo após a catástrofe, o governo brasileiro também
se mobilizou para ajudar a população, como nos explica o embaixador do Brasil junto
às Filipinas, George Ney de Souza Fernandes:
De Manila, nas Filipinas,
para a Rádio Vaticano, Bianca Fraccalvieri