Cidade Vaticano (RV) – “Como cristãos, como sírios, esperamos alcançar uma
solução de reconciliação e paz, com a ajuda das Nações Unidas”. Diante da agressão,
na Síria assim como no Iraque, por parte dos jihadistas do chamado Estado islâmico,
“é necessária uma força internacional a favor da paz”: foi o que auspiciou através
dos microfones da Rádio Vaticano, o Bispo de Aleppo dos Caldeus, Dom Antoine Audo,
que fala de uma situação difícil, com problemas de eletricidade, e da ameaça constante
das bombas.
Não obstante tudo, “como cristãos procuramos estar presentes,
realizar atividades. Por exemplo, esta semana dedicaremos alguns dias à reflexão com
todas as pessoas que trabalham conosco na Caritas. Tentamos sobreviver. Não podemos
fazer mais”.
Atualmente, no centro de Aleppo, onde vive a maioria dos cristãos,
não estão se verificando episódios de guerrilha. “Estamos sob a proteção do Governo”,
afirmou Dom Audo, enquanto ao redor da cidade existem muitos grupos que atacam e lançam
bombas. São as notícias que provêm de fora que assustam. “Falam de leis, de comportamentos
que devem ser assumidos, de violências. E isto geralmente assusta as pessoas”, observou
o prelado, que concluiu colocando algumas perguntas legítimas: “Quem apoia estes grupos?
Quem vende as armas? Quem se beneficia com essas violências?”. (SP)