2014-08-26 16:39:57

Apelo do episcopado alemão pelo fim das violências no Iraque


Berlim (RV) – “O terror no Iraque deve ser detido e aos refugiados deve ser dada a possibilidade de retornarem o mais rápido possível às suas casas”. Foi o que afirmou em uma declaração o Conselho Permanente da Conferência Episcopal alemã, fazendo eco às palavras do Papa e aos apelos dos bispos iraquianos. A declaração colabora, desta forma, no debate em andamento na Alemanha sobre o fornecimento de armas aos combatentes curdos (“pershmerga”), para enfrentar o avanço do Estado Islâmico.

Se uma ação militar – o que inclui o fornecimento de armas -, não é um meio automático para garantir a paz e a segurança – afirma a nota -, em algumas circunstâncias, quando está em jogo “o extermínio de inteiros grupos étnicos e graves violações dos direitos humanos”, a comunidade internacional tem o dever de deter de alguma maneira o agressor injusto “para esconjurar crimes piores”, como afirma a doutrina católica sobre a ‘paz justa’.

A declaração dirige-se também aos muçulmanos. Os bispos alemães rejeitam com firmeza as teses sobre a natureza intrinsecamente violenta do Islã: “O Estado Islâmico e o Islã não são a mesma coisa”, afirmam os bispos.

Ao mesmo tempo, o episcopado alemão pede uma tomada de posição clara por parte dos líderes religiosos islâmicos: “Os muçulmanos, que amam a paz e que são a grande maioria, devem perguntar-se quais fatores permitiram este desenvolvimento preocupante na sua comunidade religiosa”.

Por fim, o apelo para rezar e fornecer ajudas humanitárias urgentes às vítimas das perseguições no Oriente Médio: “Isto – afirma o Conselho Permanente – não é somente uma responsabilidade dos países da região. Todos podem contribuir, mas oferecendo disponibilidade em acolher os refugiados”. (JE)








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