Saúde integral. Desafios e prioridades na América Latina
São Paulo (RV) – Realizou-se neste final de semana, em São Paulo, o Simpósio
Latino-americano, dedicado à saúde integral, e que se mostrou de grande atualidade
no período eleitoral. O ponto central foi a Saúde que, atualmente, é a maior preocupação
do povo brasileiro, o qual foi demonstrado enfaticamente nas manifestações populares
do ano passado.
O evento foi promovido pela Associação Paulista de Medicina
(APM) em colaboração com a Associação Brasileira “Saúde Diálogo Comunhão”, rede de
profissionais de saúde que se inspira na espiritualidade da unidade do Movimento dos
Focolares.
“Saúde integral” é o título do projeto apresentado pela Professora
Dra Flavia Caretta, Presidente internacional da “Associação Medicina Diálogo Comunhão”,
à qual está coligada a versão brasileira. É um projeto confirmado pelas pesquisas
científicas e pela prática dos profissionais.
Diante de uma super especialização
e tecnologia que reduziu a medicina somente à dimensão biofísica do homem, vem se
demonstrando como é fundamental a dimensão espiritual. As novas palavras-chave são:
centralização da pessoa na sua globalidade, prioridade dos relacionamentos e espiritualidade.
Existe uma correlação muito evidente entre ambiente, condições socioeconômicas
e saúde. A desigualdade social é uma causa relevante das mais graves formas de doenças.
Diminuir o desnível entre ricos e pobres, incentivar a solidariedade significa, portanto,
diminuir doenças e despesas na saúde.
Outro ponto estratégico: “a revolução
dos pacientes” que, de sujeitos passivos, são chamados a se tornarem protagonistas
ativos no tratamento em parceria com os médicos. Mas não somente isso: emergiu também
a responsabilidade dos cidadãos, chamados à participação social na organização do
Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS).
Esse modelo de saúde integral, segundo
o Dr. Ruy Tanigawa, membro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo,
“pela sua importância social é destinado a se propagar”. Foi esse o empenho assumido
na conclusão do evento pelos participantes que consolidaram e ampliaram a rede de
colaboração a nível regional, nacional e, ainda, a nível latino americano e mundial.
(SP-CC)