Roma
(RV) – Ignorância, preconceito e medo são os primeiros inimigos a serem combatidos
para debelar o vírus Ebola: é o que afirma Ajan, rede dos jesuítas que assiste há
anos pacientes contagiados pela AIDS. Em nota difundida por meio de seu boletim, a
Ajan destaca que “é urgente e necessário fornecer informações adequadas” para deter
a rápida difusão do Ebola.
Na África Ocidental, principalmente, “as pessoas
se contagiam por causa da ignorância, do preconceito e do medo que as levam a assumir
comportamentos prejudiciais, como o ataque à clínica de Monróvia, na Libéria”. Nos
últimos dias, um grupo de homens armados invadiu um centro médico liberiano onde vários
doentes de Ebola estavam internados em regime de isolamento, e os obrigaram a fugir.
A
Ajan revela que “para alguns, o Ebola é uma brincadeira”, e para outros, “é um vírus
transmitido pelos médicos e enfermeiros”. Por isso, muitos tiram seus parentes dos
hospitais. “Algumas comunidades – explica ainda Padre Paterne Mombe, diretor da Ajan,
se recusam a respeitar as precauções sugeridas por instituições e ONGs. E isto comporta
que todas as comunidades, inclusive a Igreja, têm um dever importante: informar a
população sobre como evitar uma epidemia”.
A Ajan já está atuando em três
frentes: informação, formação e comunicação sobre o Ebola. Material específico será
distribuído no território pelos jesuítas, paróquias e Caritas locais. A operação terá
duas fases: inicialmente, pôsteres, opúsculos e panfletos serão espalhados nos países
aonde o Ebola é já realidade. Em seguida, haverá palestras informativas e formativas
nas nações em que o Ebola pode chegar, a fim de prevenir a sua difusão. (CM)