2014-08-21 12:17:42

Erros históricos acirram disputas territoriais no Mato Grosso do Sul


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) publicou recentemente Os dados do relatório “Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil referentes a 2013”.

A tendência é que as denúncias de aumento da violência, disputas territoriais e saúde precária repercutam mais fora do que dentro do Brasil, com artigos e reportagens em vários veículos de informação, inclusive da Santa Sé, como foi o caso da própria Rádio Vaticano em suas inúmeras edições linguísticas e do jornal L’Osservatore Romano.

Um dos dados mais preocupantes deste Relatório é a paralisação dos procedimentos de demarcação das terras indígenas – paralisação que tem graves consequências para a vida das comunidades indígenas.

Acirraram-se os conflitos em diversos estados da federação, tornando ainda mais instáveis e precárias as condições de sobrevivência das famílias indígenas acampadas na beira das rodovias ou daquelas comunidades cujas terras se encontram em grande parte invadidas. Além disso, intensificaram-se as violências e ameaças de morte contra indígenas que se mobilizam para reivindicar o início ou a continuidade dos procedimentos demarcatórios.

O grave descaso do governo para com os direitos territoriais indígenas gerou também novas investidas contra esses povos, protagonizadas por grupos privados ou representantes públicos. Os dados coletados em 2013 evidenciam a promoção, por particulares, de inúmeros eventos públicos com o intuito de criminalizar as lutas indígenas e, ao mesmo tempo, desqualificar seus modos de vida.

No entender do Cimi, o governo federal deve ser responsabilizado pela trágica realidade vivida pelos povos indígenas que não têm assegurada a posse de suas terras. “O governo também age de modo conivente diante das invasões e da depredação dos recursos naturais e é omisso nas suas obrigações constitucionais de fiscalizar, proteger e assegurar o usufruto das terras pelos povos indígenas”, afirma o Presidente do Cimi, Dom Erwin Krautler, Bispo da Prelazia do Xingu.

O Mato Grosso do Sul continua sendo o Estado que mais viola os direitos indígenas, como nos confirma o Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa.

Clique acima para ouvir a reportagem completa.

(BF)







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