Papa Francisco consola ex-escravas sexuais da II Guerra Mundial
Num momento comovente, no início da Missa pela Paz e a Reconciliação, nesta segunda-feira,
18, o Papa Francisco ajoelhou-se e cumprimentou sete mulheres que foram forçadas à
escravidão sexual pelos militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.
O
Papa passou vários minutos segurando a mão de Kim Bok-dong, de 89 anos, que foi à
missa em cadeira de rodas, e era uma das sete "escravas sexuais" que participaram
da cerimónia. Kim, conhecida ativista pelos direitos deste grupo, entregou um ‘pin’
com uma borboleta a Francisco, que o colocou na sua lapela.
A borboleta é o
símbolo das meninas e adolescentes que o Império Japonês recrutou nos países colonizados
na Ásia como escravas sexuais para os seus soldados durante a Segunda Guerra Mundial,
conhecidas eufemisticamente como "mulheres de conforto".
Estima-se que até
200 mil mulheres, na sua maioria coreanas, foram vítimas da escravidão sexual do Japão,
embora pouco mais de meia centena delas permaneçam vivas e todas têm mais de 80 anos.
Estas, juntamente com outros seguidores da causa, se manifestam todas as quartas-feiras
há 24 anos para exigir de Tóquio desculpas "sinceras", apesar de o país vizinho já
se ter desculpado oficialmente em 1993.