2014-08-18 17:26:15

Cardeal Tagle: jovens asiáticos tocados pela autenticidade do Papa - Entrevista


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O arcebispo de Manila, Cardeal Luis Antonio Tagle, que acolherá o Pontífice nas Filipinas em janeiro próximo, acompanhou o Papa nesta viagem à Coreia. O colega italiano, Davide Dionisi entrevistou-o em Seul:

Nós asiáticos estamos felizes e sentimo-nos abençoados com a visita pastoral do Santo Padre. Em janeiro do próximo ano, nós filipinos estaremos prontos para acolher o Papa com um abraço, um abraço caloroso, em Manila!

- Por que é que gostam tanto assim do Papa Francisco?

A meu ver, o primeiro ponto é que os jovens mostram uma abertura a um modelo de humanidade, procuram esse modelo, e encontram no Santo Padre este coração cheio, repleto de humanidade, de amor, compaixão e misericórdia. Da sua parte, o Papa mostra aos jovens esta sinceridade de coração, esta autenticidade de humanidade. E esse diálogo de dois corações, ambos abertos ao amor de Deus – isso é, a meu ver, uma fonte de energia, de zelo...

- A visita do Papa à Coreia é quase como se quisesse iniciar um novo anúncio do Evangelho partindo propriamente daqui...

A Coreia torna-se um centro não somente na Região da Ásia, mas um centro mundial, económico e também político. Também no mundo da arte, no mundo da música, a Coreia está entre os líderes do mundo. Parece-me que a visita pastoral do Santo Padre é um encorajamento também para a Igreja na Coreia, a fim de que dê um passo em frente na evangelização e na atividade missionária e caritativa a favor dos que sofrem e dos pobres do mundo.

- Pode-nos antecipar algo da próxima viagem do Papa à Ásia, que além das Filipinas prevê também uma etapa na República do Sri Lanka?

A visita pastoral do Santo Padre às Filipinas tem dois objectivos fundamentais: o primeiro é encorajar os filipinos, especialmente os leigos, as famílias, os jovens, até mesmo os pobres, a serem missionários da fé no mundo contemporâneo, a levar a mensagem de Jesus Cristo aos vários níveis do mundo, da vida contemporânea; o segundo objectivo é visitar o povo que sofre por causa do tufão, as vítimas do tufão e do terremoto: um ato de compaixão, de solidariedade para com os que sofrem.

- O que é que sentiu nestes dias da presença do Papa Francisco em terras asiáticas?

Aqui na Coreia me sinto como um jovem, um jovem... No encontro de sexta-feira [encontro do Papa com os jovens] sentia-me como um garoto que queria ver, pela primeira vez, o seu "avô na fé": a alegria dos jovens foi como um vírus que me contagiou! E os outros cardeais e bispos, que estavam perto de mim, acho que sentiam a mesma coisa. Senti não somente o amor, mas também a sede - dos jovens - de autenticidade e de comunhão. Os jovens asiáticos querem sentir, tocar... nesse contato humano, a comunhão torna-se verdadeira.








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