Papa saudou jornalistas durante voo para Seul, que sobrevoou a China
Durante o
seu voo para Seul, o Papa saudou os jornalistas presentes no avião. Por iniciativa
do Padre Lombardi, o Papa Francisco rezou em silêncio por Simone Camilli, um repórter
italiano morto nesta quarta-feira em Gaza durante uma operação para desmantelar um
míssil israelita. "São as consequências da guerra, disse o Papa. Ele morreu
em serviço”.
O Papa agradeceu em seguida aos jornalistas pela sua presença.
"O verão não é propício para o trabalho: o calor, a humidade, tantas coisas. Mas
eu vos agradeço muito. A vossa palavra é sempre útil para unir o mundo. Também vos
recomendo de difundir sempre esta mensagem de paz, de tentar dizer uma palavra de
paz. É tão terrível o que está a acontecer neste momento.
Finalmente o
Papa Francisco confirmou que ele responderá às perguntas dos jornalistas durante o
voo de regresso, como "Daniel na cova dos leões". Entretanto, o
avião papal sobrevoou a China pela primeira vez. Itália, Croácia, Polónia, Rússia
ou ainda Mongólia. Tal como acontece com todos os voos do Papa, é enviado um telegrama
de saudação aos países sobrevoados pelo avião papal. Um aconteceu pela primeira vez
durante o voo entre Roma e Seul, na noite de quarta para a quinta-feira: a China.
O
avião de um papa sobrevoou o Império Chinês pela primeira vez. E por esta ocasião,
o Papa Francisco transmitiu a Xi Jinping, o presidente chinês e aos seus concidadãos,
os seus "melhores votos", invocando uma "bênção divina" de "paz e bem-estar" para
o país
Nenhuma reacção oficial da China, mas o Global Times, um jornal próximo
do governo, escreveu que "a aprovação de Pequim para o avião papal sobrevoe o território
chinês pode ser vista como um possível modo de melhorar as relações. "A João Paulo
II havia sido negado sobrevoar a China aquando da sua visita à Coreia do Sul em 1989,
ano da Primavera de Pequim e do colapso do comunismo no Leste Europeu. A Santa Sé
e a China não têm relações diplomáticas a partir da década de 1950.
O avião
papal não sobrevoou, pelo contrário, a Coreia do Norte, que lançou três foguetes de
curto alcance ao longo da sua costa oriental, enquanto o Papa passava pelo Ocidente
da península.