Aprovada Lei da Amnistia: um caminho para a reconciliação em Moçambique
A Assembleia
da República aprovou nesta terça-feira (12), por consenso das três bancadas parlamentares,
a Proposta de Lei da Amnistia, enviada esta segunda-feira, pelo Presidente da República,
Armando Guebuza. O diploma legal enviado ao parlamento moçambicano tinha o condão
de ser de carácter urgente, razão pela qual as três bancadas parlamentares daquela
magna casa do Povo apreciaram, debateram e aprovaram a Lei da Amnistia durante a noite
desta terça-feira. A referida proposta de Lei uma vez aprovada e com a sua entrada
em vigor, vai permitir que os detidos e presos da Renamo, envolvidos nas hostilidades
de já há dois anos, sejam libertados. RENAMO pediu a extensão da abrangência
da amnistia A Lei da amnistia abrange os incidentes que remontam desde Março
de 2012 a esta parte e também estende-se aos ataques separados que ocorreram nos anos
passados, envolvendo homens armados da RENAMO. A extensão da abrangência da amnistia,
foi a pedido da bancada parlamentar da RENAMO. Cidadãos moçambicanos aplaudem
a decisão dos deputados Tratando-se de um dos assuntos da ordem do dia em Moçambique,
a reportagem da Rádio vaticano em Maputo, saiu à rua para medir o pulsar dos moçambicanos
face a aprovação da Lei da Amnistia, a qual vai impor a libertação dos homens da Renamo
que neste momento se encontram nos calabouços, incluindo o porta-voz do líder daquele
partido, António Muchanga, detido a pouco mais de 1 mês. Os nossos entrevistados
aplaudem a decisão dos deputados pela aprovação da Proposta de Lei da Amnistia, pois
no seu entender pode ser um pretexto para a efetivação da paz em Moçambique. Hermínio
José, Maputo.