'Sonho' de um Califado Islâmico se extende ao sudeste asiático
Kuala Lumpur (RV) – Especialistas em anti-terrorismo da Malásia e Indonésia
referem que diversos co-nacionais, que aderiram recentemente ao Estado Islâmico, atuante
no Iraque e Síria, estariam planejando ataques e violências. O fascínio exercitado
pelos milicianos desertados da Al Qaeda - capazes de conquistar sempre mais terreno
no Iraque e autores de brutais violências contra as minorias – se espalhou por diversos
países do sudeste asiático. Líderes islâmicos fundamentalistas inspiraram-se nas ações
dos combatentes sunitas e também pretendem apoiar a luta para a criação de um Califado
Islâmico.
As Agências anti-terrorismo de Kuala Lumpur e de Jacarta advertem
que os seguidores asiáticos do Estado Islâmico pretendem derrubar os legítimos governantes
do poder, pois as Constituições dos dois países é baseada no princípio da laicidade
do Estado. Contrários a isto, querem impor a Sharia’, aplicando assim uma visão rígida
e integral da religião muçulmana.
Analistas e especialistas de política local
falam de um aumento da ameaça terrorista no sudeste asiático. A polícia da Malásia
prendeu pelo menos 19 suspeitos de ligações com grupos extremistas nos últimos sete
meses. Durante os interrogatórios foram confirmadas informações de “ataques ao governo”
e atentados contra discotecas, bares e outros locais de divertimento.
Ao menos
20 cidadãos malaios estiveram na Síria para combater nas fileiras do Estado Islâmico,
mas o número poderia ser bem superior. A Indonésia, país muçulmano mais populoso no
mundo proibiu o apoio ao movimento extremista, realizando numerosas prisões. Mas a
ameaça permanece viva e a inércia de altos funcionários não ajuda na obra de prevenção
e repressão.
Além da Malásia e Indonésia, também nas Filipinas são registradas
as primeiras tentativas de recrutamento pelo Estado Islâmico. (JE)