Papa recebe Card. Filoni, de partida para o Iraque
Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde de domingo, 09, o Santo Padre recebeu em
sua residência, na Casa Santa Marta, o Card. Fernando Filoni, Prefeito da Congregação
para a Evangelização dos Povos e recentemente nomeado Enviado pessoal do Papa ao Iraque.
Com a iniciativa, Francisco quer demonstrar sua proximidade à população local, especialmente
aos cristãos, extremamente necessitados de apoio e encorajamento.
O cardeal
informou o Papa sobre a preparação de sua missão. Por sua vez, o Papa lhe deu algumas
indicações pessoais e lhe confiou uma quantia em dinheiro para utilizar nas ajudas
mais urgentes. Segundo Dom Filoni, sua missão será levar encorajamento, confiança,
mas também ajuda espiritual, moral e psicológica. Ao deixar a Casa Santa Marta, o
cardeal falou com a RV:
“O Papa já manifestou várias vezes a sua sensibilidade
em relação à situação atual no Iraque, onde muitos cristãos, e muitas outras minorias,
estão fugindo da perseguição. Fala-se de um milhão de pessoas desalojadas, em busca
de um lugar seguro para sua vida e seu futuro”.
“Senti vivamente a solicitude
do Papa, senti que ele mesmo provavelmente gostaria de estar ali, em meio a este pobre
povo. Ele me confia este papel para que eu leve pessoalmente este carinho, este amor
profundo, a solidariedade que ele sente por estes pobres de hoje”.
“Nós entendemos
que estes cristãos, depois de tantas dificuldades, pensem que o Iraque não seja mais
o seu país. Tradicionalmente, no Iraque convivem muitas realidades: é um país acolhedor,
no qual historicamente, em centenas de anos, minorias e maiorias conviveram. Seria
uma pena, hoje, perder esta riqueza”.
“Com a minha presença, quero também
encorajar psicologicamente os cristãos, dizer que existe futuro para eles. Eles devem
saber que a Igreja está com eles, que não os abandona, que os considera preciosos
nesta terra, para que tenham confiança neles mesmos e nas relações que estabelecerem”.
“O Papa está consciente disso tudo. Assim sendo, a minha missão será sensibilizar
ainda mais as autoridades, recomendando-lhes o bem de nossos povos e, ao mesmo tempo,
estudar como ajudá-las concretamente nesta situação e no futuro próximo. Além disso,
vou agradecer todos – autoridades, organizações eclesiásticas e não eclesiásticas
– pelo que estão fazendo em favor desta população”. (CM)