Dom Orani faz balanço positivo das atividades do Conselho de Comunicação
Brasília (RV) - O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS)
se reuniu nesta quarta-feira (6) pela última vez com a sua atual composição. Constavam
da pauta pareceres sobre temas polêmicos, como a obrigatoriedade do diploma de jornalista
e a flexibilização do horário do programa A Voz do Brasil e sua conversão em patrimônio
cultural imaterial do país.
Na reunião, o Presidente do Conselho, o Cardeal
Orani Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, apresentou um balanço das realizações
do colegiado ao longo de seus dois anos de trabalho. Um resumo das reuniões e a lista
dos pareceres aprovados foram entregues aos conselheiros e também ao presidente do
Congresso Nacional, senador Renan Calheiros.
O Conselho de Comunicação Social
é um órgão auxiliar do Congresso, criado pela Constituição de 1988 e regulamentado
pela Lei 8.389/1991. Apesar de ter sido regulamentado em 1991, só começou a funcionar
em 2002. Em 2004, foram indicados novos integrantes. Mas, depois de um longo período
sem indicações, somente em 2012 houve posse de novos conselheiros.
Segundo
Dom Orani, já no início do mandato, o CSS conseguiu liquidar as pendências decorrentes
do período em que ficou inativo, especialmente aquelas decorrentes da lei que criou
a Empresa Brasil de Comunicação (Lei 11.652/2008) e da que dispõe sobre a comunicação
audiovisual de acesso condicionado (Lei 12.485/2011).
O presidente também destacou
que os conselheiros não se limitaram apenas a responder às demandas, mas foram “proativos”
em colaborar com o Congresso Nacional. Exemplo disso, segundo ele, foi a elaboração
de sugestões ao Projeto de Lei 393/2011, que discute o direito de realização de biografias
no Brasil; ao Projeto de Lei 1.078/2011, que dispõe sobre a participação da Polícia
Federal na investigação de crimes contra a atividade jornalística; e também ao Projeto
de Lei do Senado 141/2011, que trata do direito de resposta ou retificação do ofendido
por matéria divulgada ou transmitida por veículo de comunicação social.
“É
de se louvar ainda a iniciativa do Conselho em integrar-se com outros órgãos da administração
pública e em realizar diversas audiências públicas. Nesses dois anos, recebemos em
audiências públicas representantes de ministérios, agências reguladoras, entidades
sindicais, associações empresariais, empresas públicas e muitos outros”, ressaltou
o presidente.
Dom Orani também destacou, entre outros temas abordados pelo
Conselho com a sua atual formação, a liberdade de expressão no período eleitoral,
a violência contra profissionais da comunicação e a destinação, no espectro eletromagnético,
da faixa de 700 MHz. Ele chamou atenção ainda para a reformulação e atualização do
Regimento Interno do Conselho de Comunicação Social, bem como a modernização do site
do órgão.
O vice-presidente Fernando Cezar Mesquita considerou positivo o trabalho
do Conselho. Ele aproveitou para elogiar o apoio dos servidores do Senado e, especialmente,
os veículos de Comunicação da Casa, "pela cobertura competente dos debates, o que
infelizmente não foi visto na mídia privada".
Ao final, Dom Orani prestou homenagem
póstuma ao conselheiro Eurípedes Corrêa Conceição, suplente da representação da categoria
profissional dos radialistas, falecido em 13 de fevereiro de 2013. (SP)