2014-08-07 14:36:36

Arcebispo de Aleppo Dom Marayati traz a dor de seu povo ao Papa


Cidade do Vaticano (RV) - “Em Aleppo a nossa gente está sem comida, sem água, sem luz e vive no medo do que vai acontecer amanhã, sempre olhando para o céu para ver se chovem mísseis”. Esta é a “dura realidade” que se vive na Síria, nas palavras de Dom Boutros Marayati, Arcebispo de Aleppo para os armênios católicos, que se encontrou com o Papa Francisco, no final da audiência geral desta quarta-feira na Sala Paulo VI.

“A única via de saída praticável - diz o prelado sírio ao jornal L’Osservatore Romano - é um cessar-fogo imediato para permitir, finalmente, o início de um diálogo franco entre todas as partes em causa, a fim de se chegar a uma solução pacífica que garanta a bem da população”.

Ao Santo Padre, o arcebispo trouxe “a dor e a esperança dos cristãos sírios”. Ele também apresentou ao Papa, Yaghlji Gemma, uma mulher, mãe de dois filhos, que continua a servir na paróquia e ensinar religião nas escolas, apesar dos bombardeios que – afirma Dom Marayati – atingiram também o seu arcebispado.

Precisamente o “corajoso testemunho de tantos leigos estão mantendo viva a esperança de uma cidade assediada e que, no momento, não vê perspectivas de paz”.

Entretanto, duas italianas que viajaram à Síria no final de julho para trabalhar como voluntárias foram sequestradas há alguns dias em Aleppo. São: Vanessa Marzullo e Greta Ramelli, ambas originárias da região da Lombardia. A notícia foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália. “Ativamos imediatamente os nossos canais de informação e de busca para as necessárias investigações. As duas cidadãs estavam em Aleppo para realizar projetos humanitários nos setores, sanitário e hídrico. Nossa unidade de crise já entrou em contato com as famílias, que estão sendo constantemente informadas sobre o desenvolvimento do caso”, diz uma nota da Farnesina, a chancelaria italiana. (SP)








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