Resiste a trégua entre Israel e Hamas: a palavra de Frei Pizzaballa
Cidade do Vaticano (RV) – Da trégua humanitária de 72 horas ao cessar-fogo
permanente: é o que o mundo espera hoje para o conflito do Oriente Médio que dura
já um mês. No momento, a trégua, que teve início ontem às 8 horas locais, parece ser
respeitada por ambos os lados: também as declarações políticas são encorajadoras.
O Egito, confirma no Cairo três dias de colóquios para uma solução duradoura.
Israel
anunciou a sua retirada total da Faixa de Gaza. As forças de terra, como previsto
pela trégua em andamento, completaram a destruição de túneis escavados por guerrilheiros
palestinos e se organizaram além dos confins em posições de defesa. Em um mês, de
acordo com Tel Aviv, foram mortos 900 milicianos de Hamas, da Jihad e de facções terroristas
e atingidos 4.800 alvos, com mais de 1.860 mortos, entre os quais 400 crianças, de
acordo com o UNICEF. Hoje, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos
Humanos, Navi Pillay, voltou a apelar a Israel para assumir a responsabilidade pelas
“crescentes evidências de crimes de guerra em Gaza”.
Mas agora as esperanças
são os colóquios previstos no Cairo e sobre a proposta egípcia às quais parece não
há alternativas. Oportunidade real, dizem os Estados Unidos, que destinaram mais de
225 milhões de dólares para o sistema antimísseis de Israel e exortam Hamas a um compromisso
sério.
Entretanto a Rádio Vaticano pediu ao Custódio da Terra Santa, Frei Pierbattista
Pizzaballa, com quais esperanças a comunidade local vive estas hora de trégua:
A.
- Temos a impressão de que o pior - refiro-me à violência - passou e que estamos
a caminho de uma trégua, não digo permanente, mas estável por um longo tempo. A situação
continua muito tensa, porque a violência não é apenas física, mas também influiu muito
nas relações entre israelenses e palestinos. Esperamos que, passada essa onda terrível,
se possa começar gradualmente a tecer os fios dessas relações, que são necessárias
e essenciais para ambos os lados. (SP)