Publicado documento com diretrizes para a gestão dos bens de institutos religiosos
Cidade do Vaticano (RV) – A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada
e as Sociedades de Vida Apostólica divulgou nesta terça-feira, 5, uma carta circular
com diretrizes para a gestão dos bens nos Institutos e Sociedades de Vida Apostólica.
O documento, publicado pela Livraria Editora Vaticana (LEV), oferece aos ecônomos
e responsáveis pelas comunidades “sugestões úteis para a reorganização das obras”.
A
carta - assinada pelo Cardeal Prefeito João Braz de Aviz e pelo Arcebispo Secretário,
o franciscano José Rodríguez Carballo – também é fruto do simpósio sobre economia
realizado nos dias 8 e 9 de março passado na Pontifícia Universidade Antonianum.
O tema dos trabalhos tratou justamente da gestão dos bens eclesiásticos religiosos
“a serviço do humanum e da missão da Igreja”. O Papa Francisco interveio no
encontro por meio de uma mensagem em que convidava “a testemunhar e viver os princípios
da gratuidade e a lógica do dom, para opor-se a uma economia de exclusão e de iniqüidade,
infelizmente, sempre mais difundida”.
Outrossim, a carta observa que “o campo
da economia é instrumento da ação missionária da Igreja”. E como bem ressaltado no
simpósio, os bens dos institutos religiosos são “bens eclesiásticos” e “a necessidade
dos bens econômicos não deve nunca exceder o conceito dos ‘fins’ a que estes devem
servir”. Neste sentido, no espírito de pobreza que deve caracterizar as comunidades
religiosas, o uso dos bens deve ter como objetivo o “desenvolvimento da missão”.
A
mensagem da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida
Apostólica reitera a necessidade de uma gestão transparente e profissional dos bens
dos institutos religiosos, como um meio útil à própria missão, ao mesmo tempo que
pede que seja dada atenção à dimensão evangélica da economia, feita de “partilha e
de comunhão”.
O texto, por fim, contém um convite para que o documento seja
conhecido, ao mesmo tempo que estabelece 31 de janeiro de 2015 como data limite para
o dicastério vaticano receber eventuais observações e sugestões. (JE)