2014-08-05 15:26:22

Patriarca caldeu escreve a Francisco e Igrejas do Oriente: comunidade internacional deve pressionar países que apóiam jihadistas


Bagdá (RV) – É necessário uma “tomada de consciência” da comunidade internacional e das superpotências mundiais sobre a urgência de “ações concretas e de solidariedade” em relação aos cristãos iraquianos, pois está em risco “a sobrevivência” desta minoria no país e em todo Oriente Médio. Foi o que afirmou o Patriarca Caldeu Louis Raphael I Sako, em uma mensagem enviada ao Papa Francisco, aos Patriarcas do Oriente e aos Presidentes das Conferências Episcopais, divulgada pela Agência Asianews.

Dom Sako pede que se faça “um apelo ao próprio coração” em busca de uma solução que se encontra “somente nas mãos da comunidade internacional” e, em particular, das superpotências, a quem cabe uma “responsabilidade humana e moral”.

No Iraque é cada vez mais grave a situação dos cristãos, obrigados a abandonar as próprias casas, como aconteceu inicialmente em Mosul e posteriormente em diversas outras cidades do norte, na Planície de Nínive, como em Sinjar, Telkef, Batnaya e Telleskuf. As milícias do Estado Islâmico proclamaram um Califado regido pela Sharia’, obrigando as minorias a fugir ou pagar uma taxa, a ‘jizya’, imposta a todos os “infiéis”. Diante deste drama sem fim, o Patriarca dos caldeus dirige-se às potências internacionais pedindo para “libertarem-se dos egoísmos pessoais” e a “unirem-se” para chegar a uma “solução política e pacífica”, que seja capaz de colocar fim ao conflito.

Para o Patriarca dos Caldeus, “estas potências deveriam exercer de modo vigoroso a sua pressão sobre aqueles que apóiam economicamente e tem ligações militares com os islamitas”. O objetivo é de “cortar pela raiz as fontes de violência e de radicalização”.

Dom Sako dirige-se também ao mundo islâmico, dizendo-se “chocado e indignado” com a falta de uma “tomada de posição vigorosa” dos muçulmanos e de seus líderes em relação ao movimento terrorista, que – adverte o Patriarca – “representa uma ameaça também para os próprios muçulmanos”. E adverte, que os cristãos iraquianos têm uma “necessidade vital de ajuda humanitária urgente”, bem como uma “proteção verdadeira e eficaz permanente”. (JE)









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