Assis (RV) – O Perdão de Assis, a festa que inicia na manhã de 1º de agosto
e se conclui com as Vésperas Solenes do dia 2, na Porciúncula de Santa Maria dos Anjos,
terá neste ano uma intenção particular de oração: o fim da guerra e das hostilidades
na Terra Santa. No dia do Perdão de Assis, que há sete séculos conta com a participação
de milhares de peregrinos, é possível obter a indulgência, observadas as exigências
indicadas pela igreja.
O tema deste ano foi decidido pelo Bispo da Diocese
de Assis-Nocera Úmbria-Gualdo, Dom Domenico Sorrentino, em sintonia com a comunidade
dos Frades menores da Província Seráfica, que presidirá as Primeiras Vésperas da Solenidade
às 19 horas do dia 1º, com a tradicional peregrinação da Cidade de Assis e a Celebração
Eucarística às 11 horas do dia 2. Já às 15 horas de sábado, chegará à Porciúncula
a 34ª Marcha Franciscana, que neste ano terá como tema “Cem por um” e reunirá mais
de mil jovens peregrinos provenientes de várias regiões da Itália e de diversas partes
do mundo.
“A visita do Papa Francisco à Terra Santa e sobretudo o momento de
oração que ele partilhou no Vaticano com Shimon Peres e Abu Mazen – sublinhou Dom
Sorrentino – suscitaram tantas esperanças. Talvez muitas. Não poderia haver maior
desilusão do que a explosão do conflito que ocorreu pouco depois entre os dois povos,
ainda uma vez com o êxito da morte e de escombros. Derrotada também a oração? Nos
vem a tentação de fazer esta pergunta”.
Dom Sorrentino recordou que em 1986
o Papa João Paulo II havia inaugurado o “espírito de Assis”, o encontro que reuniu
líderes de diversas religiões para rezar pela paz. “Em 27 de outubro próximo – recordou
ele -, na anual comemoração do “Encontro de Assis”, vamos repropor aquele desafio,
atualizando-o: “A iniciativa do Papa Francisco pela paz em Israel: qual o futuro?”.
O
convite à comunidade para participar da festa do Perdão, é um convite para rezar pela
paz e também um convite à conversão – explica o prelado. “Quem de nós, nesta última
e cruenta página da guerra entre o Hamas e Israel não se perguntou porque, contra
todo senso de humanidade e razoabilidade, as armas não se calam, quando os mortos
chegam às centenas e desfiguram as faces das mães de ambos os lados?”.
“O espírito
de Assis” permanece mais vivo do que nunca e nós – conclui Dom Sorrentino – o queremos
invocar pela Terra Santa por ocasião do Perdão da Porciúncula”.
Maiores informações
sobre o ‘Perdão de Assis’ podem ser obtidas no site www.assisiofm.it. (JE)