Cardeal Sandri: Oriente Médio sem futuro sem a presença dos cristãos
San Diego (RV) - “Não haverá nenhum futuro no Oriente Médio sem a presença
e a contribuição dos cristãos”: foi o que disse o Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito
da Congregação para as Igrejas Orientais, durante a Divina Liturgia celebrada em San
Diego, Califórnia, na Catedral da Eparquia caldeia. Rezando pelos cristãos perseguidos
no Iraque, a pátria da Igreja Caldéia, o purpurado recordou também os cristãos da
Síria, Palestina, Egito, assim como a delicada situação na Ucrânia dos greco-católicos
e de seus compatriotas, expressando a proximidade e o encorajamento do Papa a “perseverar
com força na fé e na esperança”.
Citando, então, as palavras do Patriarca caldeu
Louis Sako, o Cardeal Sandri destacou que hoje, “pela primeira vez na história do
Iraque, em Mossul não há cristãos”, e que “o país se aproxima de um desastre humanitário,
cultural e histórico”. Também o Patriarca Maronita Bechara Boutros Rai, acrescentou
o cardeal prefeito, exortou os perseguidores dos cristãos ao diálogo, em nome da “humanidade
comum”, e convidando a escolher o “diálogo, a compreensão, o respeito pelo outro”
no lugar “de armas, do terrorismo e da violência”.
“Nenhuma religião - reiterou
o Cardeal Sandri - pode aceitar matar os filhos de Deus, em nome do próprio Deus”,
sublinhando que “os cristãos do mundo devem ser a voz” dos marginalizados da sociedade
e devem “defender firmemente os seus direitos”. Daqui, o convite a rezar em silêncio,
um silêncio que, no entanto, “não é de indiferença, porque extrai sua força do silêncio
de Cristo na cruz e está cheio de Amor eterno, do qual nada nos pode separar”.
Por
fim, o cardeal expressou a sua alegria pela grande presença de sacerdotes na liturgia,
junto com os animadores, o coral e cerca de mil fiéis, pedindo paz e justiça para
todos os que são afetados por uma violência incrível e sem sentido.
Na sua
chegada, o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais foi recebido pelo bispo
da Eparquia caldeia, Dom Sarhad Jammo, que destacou “o imenso conforto” que o representante
pontifício trazia a todos os cristãos do Oriente com sua visita e sua oração. (SP)