ONU pede fim dos confrontos entre israelenses e palestinos
Nova Iorque (RV) – Depois do apelo lançado este domingo pelo Papa Francisco
após a oração do Angelus, também o Secretário-Geral da ONU está "alarmado" com a situação
na Faixa de Gaza, que para ele parece estar piorando, mesmo após o pedido de cessar-fogo
feito pelo Conselho de Segurança no sábado.
Numa nota divulgada pelo seu porta-voz,
neste domingo, Ban Ki-moon fala em "sérias implicações para a segurança de civis israelenses
e palestinos". Ban acredita ser de interesse das duas partes que a crise seja substituída
por medidas que levem ao fim dos confrontos e previnam novas mortes.
Ao citar
"grandes riscos para a paz regional e a segurança", o secretário-geral demanda aos
dois lados que sigam agora nesta direção, visando o fim dos conflitos. Segundo a nota,
o Hamas lança foguetes de forma "indiscriminada contra os civis israelenses, violando
a lei humanitária internacional".
Ban Ki-moon afirma "abominar" as imagens
de famílias de Israel em abrigos, temendo pela segurança de seus filhos. Por isso,
ele volta a condenar os foguetes palestinos lançados de Gaza e pede fim imediato do
que considera ser "ataques indecentes".
Mas o Secretário-Geral também está
profundamente preocupado com o impacto de ações militares israelenses. Ban lembra
que muitos civis palestinos já morreram e diz que "qualquer ofensiva em terra por
parte de Israel, irá sem dúvida aumentar as mortes e o sofrimento" das famílias na
Faixa de Gaza.
Ban Ki-moon afirma ter um "senso de responsabilidade para com
os palestinos que, especialmente em Gaza, têm negadas, há muito tempo, a liberdade
e a dignidade que merecem".
O Secretário-Geral não acredita que a longa e séria
disputa política entre israelenses e palestinos possa ser resolvida por via militar.
Ele continua empenhado com os dois lados pelo fim da violência. Ban Ki-moon diz ser
a hora das famílias da região terem paz e segurança, confiarem umas nas outras, apesar
do medo e do ódio que caracteriza a relação ente os dois lados no momento. (BF/Rádio
ONU)