2014-07-11 13:05:54

Bispos na Venezuela: derrotar o pessimismo e promover esperança


Caracas (RV) – “É triste ver a progressiva deterioração das instituições e da convivência entre os cidadãos. Perdeu-se a confiança. O país se tornou um quebra-cabeça difícil de compor. Mais de nove milhões de venezuelanos vivem na pobreza extrema. O diálogo entre governo e oposição foi somente um evento contingente, sem projeções ou consequências. Congelou-se sem resultados”. Com essas considerações, o Presidente da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV), Dom Diego Rafael Padrón Sánchez, Arcebispo de Cumaná, abriu os trabalhos da Assembleia plenária da CEV, em andamento em Caracas, capital do país.

Dom Padrón Sánchez foi muito firme, denunciando que “testemunhos de todos os setores da nossa sociedade (estudantes, políticos e pessoas comum) demonstram que na Venezuela não são respeitados os direitos humanos e a Constituição; e as leis não dão a última palavra na gestão da justiça, pois, ao invés, esta fica a cargo dos juízes e dos funcionários, e de seus interesses em manter o poder, os privilégios e o controle político da situação".

O Arcebispo de Cumaná indicou, todavia, sinais de esperança: “O país pede diálogo, a compreensão e a sabedoria. Um diálogo que não seja somente um mecanismo para aplacar o protesto, mas que seja autêntico, com uma praxe reconhecida que leve a resultados tangíveis. O diálogo não é uma alternativa ao protesto pacífico, mas ao mal-estar social e à violência. O país não está tranquilo, se vive na tensão. Apesar de tudo, ninguém pode negar que a Venezuela seja uma nação com muitos recursos humanos e com valores morais. É necessário derrotar o pessimismo e fazer crescer a esperança. Somos um povo de fiéis, na maioria católicos".

(BF/Agência Fides)








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