OCDE condiciona subida de salários em Portugal ao aumento da produtividade
No relatório
'Portugal: consolidação da reforma estrutural para o apoio ao crescimento e à competitividade',
divulgado em Lisboa, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico recomenda
às autoridades portuguesas que «mantenham o valor do salário mínimo inalterado até
que existam sinais claros de recuperação do mercado de trabalho».
A OCDE considera
que "o Governo devia considerar repor os cortes assim que a situação orçamental o
permita", uma vez que estas prestações já eram relativamente baixas em relação ao
salário mínimo nacional, que atualmente é de 485 euros.
Entre as recomendações
da organização liderada por Angel Gurría estão ainda a necessidade de «continuar a
combater a rigidez e a segmentação do mercado laboral", e recomenda também o reforço
do impacto das medidas de apoio aos desempregados.
Temas tratados pelo secretário-geral
da OCDE nos encontros que teve com o Presidente da Republica Cavaco Silva e com o
primeiro-ministro Passos Coelho que já disse que não há margem orçamental para baixar
a Taxa Social Única paga pelas empresas e que só é possível aumentar os salários
em geral se houver um aumento da produtividade. Já o secretário-geral da OCDE, Angel
Gurría, elogiou o "sucesso de Portugal" na conclusão do programa de assistência económica
e financeira, mas salientou a necessidade de "manter o rumo".