IOR – Card. Pell anuncia segunda fase de reformas. Freyberg afirma que foi conseguida
a transparência
“Com a conclusão
da Fase 1 do processo de reforma do IOR, podemos dar início à segunda fase de reformas
sob nova direção” – foi o que anunciou o Prefeito da Secretaria para a Economia, Cardeal
George Pell, por ocasião da publicação dos resultados do balanço de 2013 nesta terça-feira.
Em comunicado o purpurado australiano afirma que, para reforçar a transparência, foram
fechadas contas de cerca 3 mil clientes.
O Cardeal Pell agradece a colaboração
do Presidente do Conselho de Superintendência Ernst von Freyberg e sublinha que “após
o duro trabalho efetuado pelo gestor encarregado”, podemos agora “conduzir o IOR para
um segundo ciclo de reformas”.
O nosso colega da redação alemã da Rádio Vaticano
Bernd Hagenkord entrevistou von Freyberg, precisamente sobre esta primeira fase de
reforma do IOR:
“A Fase 1 da reforma do IOR foi caraterizada por 4 elementos-chave:
verificamos todas as contas; investigamos os casos principais que tinhamos herdado;
conseguimos atingir a transparência e melhoramos os procedimentos. Decidimos desde
o início que o futuro do IOR devia depender da absoluta transparência de quem fossem
os nossos clientes. Portanto, tivemos os melhores especialistas que conseguimos encontrar
no mundo – neste caso a Promontoring – e pusemos ao seu lado uma equipa de 30 pessoas
para controlarem cada uma das contas durante 12 meses. Agora, depois de termos verificado
mais de 16 mil contas, sabemos que só uma pequena parte, muito menos do que aquilo
que se esperaria numa investigação standard como esta, é que causou problemas.”
O
Presidente da Conselho de Superintendência do IOR, Ernst von Freyberg, que agora deixa
o seu cargo, explicou ainda como foi conseguida a transparência e abordou quais são
as principais contas da instituição:
“A grande maioria das contas que
temos pertencem a instituições católicas, congregações, funcionários da Santa Sé e
do Estado do Vaticano, dioceses, paróquias: aqueles que verdadeiramente queremos servir.
Indagamos sobre os principais casos que encontramos. O IOR foi associado a um certo
número de escândalos e nós queriamos conhecer os factos. Estes foram todos inquiridos
e as autoridades competentes informadas, por forma a que hoje se possa decidir o que
fazer com base nos factos. Conseguimos atingir a transparência de uma maneira muito
simples: inserimos as nossas contas na internet e agora todos podem controlar ao pormenor
aquilo que o IOR está a fazer e quanto dinheiro tem.” (RS)