50 anos do Concílio: para ser Igreja é preciso cultivar a comunhão, partindo da oração
Cidade do
Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, temos contado, nestes dias, em nosso quadro "Nova
Evangelização e Concílio Vaticano II", com a participação do bispo de Penedo, Dom
Valério Breda, SDB, que nos tem falado sobre a caminhada da Igreja nestes 50 anos
do Concílio, tecendo – a partir da realidade eclesial na qual se encontra – algumas
oportunas e interessantes considerações.
Na edição passada o bispo da diocese
alagoana apontou, com a Constituição conciliar sobre a sagrada liturgia Sacrosanctum
Concilium, um acordar novo da Igreja diante do mistério da santa liturgia, mas indicando
ter aparecido, no segundo pós-concilio, algumas arestas:
De um lado, o fenômeno
do que chama de "Show Missa" e, de outro, o do saudosismo de liturgias pré-conciliares
– afirmando a necessidade de se trabalhar essas realidades.
Nesta edição Dom
Valério, atendo-se à ação dos leigos, os quais – enfatiza – devem ser valorizados
na Igreja, aponta outra realidade que precisa ser trabalhada. Embora não se trate
de algo que se dê "de forma exagerada" – observa previamente –, mas de "pequenos sinais"
que devem ser trabalhados:
"O leigo que, descobrindo sua missão, sua identidade,
avança como se não existisse a comunhão na Igreja", sem levar em consideração o necessário
respeito pelos carismas, sejam os instituídos na Igreja, sejam aqueles ministérios
e carismas enviados pelo Espírito Santo de forma livre e abundante.
O bispo
salesiano ressalta que essa abundância e diversidade de carismas e ministérios "é
bom para a Igreja", mas dentro do que o Vaticano II promoveu: "a Igreja como mistério
de comunhão, mistério que se espelha, se inspira e é alimentado pelo mistério da Santíssima
Trindade". Dom Valério recorda que "para ser Igreja é preciso também cultivar a comunhão",
"partindo da oração, que põe em nós o agir de Deus e o estilo do Espírito Santo".
Vamos ouvir: (RL)