2014-07-08 16:36:53

Dia Mundial do Mar: reconhecer o trabalho dos marítimos e da Pastoral do Mar


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – No próximo domingo, 13 de julho, será celebrado o Dia Mundial do Mar. O Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Cardeal Antonio Maria Vegliò, divulgou uma mensagem por ocasião da efeméride, pedindo que as comunidades cristãs e a sociedade em geral tomem consciência da contribuição dos trabalhadores do mar em “tornar nossa vida mais confortável” e do trabalho desenvolvido pelo Apostolado do Mar. A comemoração tem uma importância ecumênica, pois em muitos portos as celebrações e atividades de apoio aos marítimos são feitas conjuntamente com outras denominações cristãs.

A mensagem inicia recordando que mais de 90% das mercadorias a nível mundial são transportadas por cerca de cem mil navios que empregam uma força de trabalho de um milhão e duzentos mil marítimos de todas as raças, nacionalidades e religiões.

Diariamente os marítimos enfrentam dificuldades de toda sorte – diz a mensagem - mas devido a inúmeros fatores ligados à sua profissão “eles são invisíveis aos nossos olhos e aos olhos da sociedade”, motivo pelo qual é feito um convite aos cristãos e à sociedade: “olhar em volta e se dar conta de quantos objetos que usamos na nossa vida cotidiana chegaram até nós por meio de um duro e cansativo trabalho dos marítimos”.

A vida de marinheiro é difícil e perigosa – afirma o Cardeal Vegliò na mensagem – recordando que em 2012 mais de mil marinheiros morreram devido a naufrágios e colisões marítimas, além de outros fatores. E enumera como perigos, além da fúria e a força da natureza, a pirataria, o perigo da criminalização e do abandono sem salário, comida e proteção em portos estrangeiros.

Ao afirmar que “o mar, o navio e o porto são o universo de vida dos marítimos”, a mensagem observa que os marítimos não escolhem os próprios companheiros de viagem. Cada navio é um microcosmo de pessoas de diferentes nacionalidades, culturas e religiões, obrigadas a viver juntas no perímetro limitado de um navio pela duração de contrato, sem nenhum interesse em comum, comunicando em um idioma que frequentemente não é o seu”.

O Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes explica que “a solidão e o isolamento são companheiros de viagem dos marítimos”. A natureza de seu trabalho os obriga a passar longos períodos afastados de suas famílias e amigos e nem sempre é fácil para eles ter acesso às tecnologias de comunicação. “Na maior parte dos casos, os filhos nascem e crescem sem que possam ter a presença destes, crescendo assim o sentimento de solidão e de isolamento que acompanha as suas vidas”.

O Cardeal recorda na mensagem que a Igreja, há mais de noventa anos, oferece assistência pastoral aos marítimos por meio da Obra do Apostolado do Mar, que entre outras coisas, “se faz voz de quem não tem voz”, denunciando abusos e injustiças, defendendo os direitos dos trabalhadores do mar e pedindo à indústria marítma e aos governos o respeito das Convenções internacionais. Ele cita ainda os Centros ‘Stella Maris’, “lugares únicos onde os marítimos são recebidos com calor, podem relaxar afastados dos navios e contactar os próprios familiares utilizando os diversos meios de comunicação colocados à sua disposição”.

Ele referiu-se também, aos voluntários que visitam os marítimos nos navios e nos hospitais e o apoio dado aos marinheiros abandonados em portos estrangeiros, assim como aos Capelães que “sempre estão à disposição para oferecer assistência espiritual, especialmente nos momentos de dificuldade e crise”.

Ao concluir, pede-se que “Maria, Estrela do Mar, guie, ilumine e proteja as viagens de todos os trabalhadores do mar e apóie os membros do Apostolado do Mar no seu ministério pastoral. (JE)











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