2014-07-08 14:37:06

Declarações de D. Bregantini, Arcebispo de Campobasso-Boiano, a propósito da excomunhão


Foi realizada no Domingo 6 de Julho uma séria reflexão sobre o tema da excomunhão aos mafiosos, lançada pelo Papa Francisco na região da Calábria. A questão (e não a revolta, como alguns órgãos de imprensa se precipitaram a informar!) por parte dos detidos da prisão de alta segurança de Larino, na Diocese de Termoli, foi tornada ainda mais verdadeira e profunda com a sabedoria do Bispo D. Gianfranco De Luca, que foi de propósito visitar a prisão, conversando serenamente com os irmãos reclusos e celebrando a Eucaristia com eles.

O tema é extremamente precioso e importante. Na verdade, trata-se de perceber como conciliar o apelo à misericórdia (que o Papa Francisco sempre lança, mesmo nas terras de Molise!) e a dramática realidade da excomunhão, que de facto exclui os mafiosos da celebração da comunhão durante a Eucaristia.
Na verdade, na prisão de Isérnia, exprimiu-se desta forma: Deus é pai, é misericórdia, nos ama sempre. Se nós o procurarmos, Ele nos acolhe e nos perdoa, porque "nunca se cansa de perdoar", que é o lema desta visita. Ele nos levanta novamente e nos restitui plenamente a nossa dignidade plenamente. Deus não se esquece de nós", como diz Isaías: "Mesmo que uma mãe se esquecesse do seu próprio filho - e é impossível - Eu nunca te esquecerei" (Is 49:15).

A pergunta feita pelos reclusos de Larino nos interpela, contudo, a todos nós. Tanto aos teólogos como aos moralistas, para além das pessoas de cultura e fé. Por isso, como bispo, padre Giancarlo Bregantini, como Presidente da Comissão Episcopal para a pastoral social, Trabalho e Justiça e Paz, dirijo um apelo urgente para que possamos reflectir juntos sobre como se pode conciliar a força da misericórdia e o drama da excomunhão.








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