Maringá (RV) - Era uma vez um rei que queria pescar. Ele chamou o seu meteorologista
e pediu-lhe a previsão do tempo para as próximas horas. Este lhe assegurou que não
iria chover. A noiva do monarca vivia perto de aonde ele iria e colocou sua roupa
mais elegante para acompanhá-lo. No caminho, ele encontrou um camponês montando seu
burro que viu o rei e disse: "Majestade, é melhor o senhor regressar ao palácio porque
vai chover muito".
O rei ficou pensativo e respondeu: "Eu tenho um meteorologista,
muito bem pago, que me disse o contrário. Vou seguir em frente". E assim fez. Choveu
torrencialmente. O rei ficou encharcado e a noiva riu-se dele ao vê-lo naquele estado.
Furioso, o rei voltou para o palácio e despediu o meteorologista.
Em seguida,
convocou o camponês e ofereceu-lhe emprego. O camponês disse: "Senhor, eu não entendo
nada disso. Mas, se as orelhas do meu burro ficam caídas, significa que vai chover".
Então, o rei contratou o burro. E assim começou o costume de contratar burros para
trabalhar junto ao poder.
Os sábios e as fábulas têm sempre um recadinho certo
na hora certa, e diante desta fábula podemos dizer: Qualquer semelhança é mera coincidência.
Mas a qualidade de burro pode ser atribuída ao contratado como aquele que contratou.
Pois a burrice está tão solta que não se sabe bem onde ela predomina. E agora José?
Estamos indo para o final do mundial de futebol, entre glórias e festas, entre férias
e feriados, gritos e bebedeiras, acidentes e mortes, mas tudo é festa. Até quando?
Estamos
sendo avisados de que festa por festa, sem reflexão e atitudes de iniquidade resultam
em consequências desastrosas.
Tudo passa. As festas, os estádios cheios, os
nervosismos da prorrogação e pênaltis, enfim tudo terá um fim. O que será melhor para
nós e para o Brasil? Faço o paralelo da festa do futebol com os próximos capítulos
da nossa história.
Ao mesmo tempo em que tudo é verde, amarelo, azul e branco,
dando e vendendo patriotismo nunca visto, na surdina e na mídia aparecem os salvadores
da pátria amada e idolatrada.
Já estamos mergulhados em um processo eleitoral
que se mostra complicado. Tenho ouvido constantemente dúvidas como: “Em quem votar?
Qual o melhor? Vale a pena ir às urnas?”
Não podemos esquecer que patriotismo
vai muito além de futebol. É também depositar o voto consciente e livre nas urnas.
Confiar e acreditar, depois de uma análise criteriosa.
Não podemos esquecer-nos
da palavra do profeta Jeremias: “Maldito o homem que confia no homem” (Jer 17,5).
Toda escolha tem suas consequências, por isso no que dependerá de nós, a escolha deve
ser sempre pessoal, por isso, consciente; livre de toda influência externa, porque
voto não tem preço, e sim consequências.
Antes das nossas decisões devemos
invocar o Espírito Santo. Só o Espírito Santo é capaz de nos mostrar claramente quem
é joio e quem é trigo neste processo todo. Antes de votar, rezemos. E depois de rezar,
vamos à campo. É preciso conhecer os candidatos, suas propostas, seus partidos, o
que pensam e principalmente o que fizeram. Esta junção de fé e ação é primordial para
que façamos boas escolhas. E cada vez mais estou convencido de que no campo da política
precisamos de uma ação imediata do Espírito Santo, para que tenhamos governos éticos,
decentes e que promovam o bem comum.
Vamos fazer a nossa parte. Que Deus abençoe
você e sua família. Seja você o trigo, o sal da terra, a luz do mundo. Assim já teremos
uma sociedade muito melhor.