2014-07-07 17:53:16

Arcebispo Bregantini: Francisco deu nova coragem ao povo do Molise


Cidade do Vaticano (RV) - O trabalho e a solidariedade estiveram certamente entre os temas candentes da visita do Papa Francisco a Campobasso, no âmbito da visita pastoral que fez neste sábado, além da referida cidade da região italiana do Molise, às localidades de Castelpetroso e Isernia. A Rádio Vaticano pediu ao arcebispo de Campobasso-Boiano, Dom Giancarlo Maria Bregantini, um comentário sobre a visita do Santo Padre:

Dom Giancarlo Maria Bregantini:- "Foi uma visita grandiosa! O Papa estava muito sereno e compenetrado; inclusive fisicamente estava muito bem! Foi belo o que disse também a Gendarmaria vaticana (referindo-se à organização): "Vimos a cordialidade do povo, bem como a atenção que teve, o cuidado com as coisas e o comportamento". Os pronunciamentos do Papa foram muito bonitos, incisivos e proféticos."

RV: O Papa iniciou sua visita encontrando o mundo do trabalho e da indústria. Na ocasião ressaltou a realidade do desemprego, de sofrimento desta região do sul da Itália, mas também encorajou a população local...

Dom Giancarlo Maria Bregantini:- "A grande expectativa foi atendida. Tínhamos muitos espinhos no coração, muitas lágrimas de empresas em dificuldade. O Santo Padre ofereceu três critérios decisivos para enfrentar essa situação: o primeiro, dar sempre prioridade à gratuidade e não somente ao imediato, ao comércio; segundo, estar muito unidos – quando se dirigindo aos jovens falou também de solidariedade –, que não é uma expressão antiga, mas profética factível; e, terceiro, a experiência da coragem, da qual a região do Molise tem grande necessidade, sabendo que as soluções não vêm do alto, mas de baixo, trabalhando em sinergia com as forças já existentes."

RV: O Papa disse: "Não poder levar o pão para casa tolhe a própria dignidade"...

Dom Giancarlo Maria Bregantini:- "Esta foi uma palavra que pronunciou tanto na universidade no encontro com o mundo do trabalho, quanto no encontro com os jovens: dignidade. Na realidade, retomou passagens das Encíclicas precedentes, pronunciando-as com um tom particular. O que nos surpreendeu em Castelpetroso não foi a novidade em si, mas a veemência! Quando disse: "Há uma geração que corre o risco de perder-se" e essa é a coisa grave! Esse é o apelo que é preciso fazer também em nível europeu (...): ou aceitamos que devemos incluir novamente esta geração – e, consequentemente, temos que ir além dos números – ou então seremos realmente, outra vez, excludentes. Desse modo a Europa despencará." (RL)







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