2014-07-03 16:11:23

Crianças nos conflitos do mundo: ONU denuncia impunidade


Em 2013 mais de 4 mil casos foram documentados pelas Nações Unidas, mas certamente foram muito mais as crianças recrutadas e usadas, mortas e mutiladas vítimas de violência sexual e outras violações graves nas 23 situações de conflito, tomadas em consideração em todo o mundo. Estes – informa a agência de notícias Misna - são alguns dos resultados que foram apresentados no relatório anual do Secretário-Geral sobre crianças e os conflitos armados
"Documentámos os casos de crianças recrutadas e usadas por sete exércitos nacionais e 50 grupos armados que combatem as guerras na República Centro-africana, Sudão do Sul, Síria e em outros 11 países", disse Leila Zerrougui, representante especial das Nações Unidas para as crianças e os conflitos armados". No relatório, também documentámos progressos, como no Chade, onde o exército nacional do país já não está na lista por recrutamento e uso de crianças enquanto que no Iémen, no passado mês de Maio, foi assinado um autêntico Plano de Acção para pôr fim e prevenir o recrutamento.
Nas listas ‘negras’ entrou, pelo contrário, o movimento nigeriana Boko Haram, que "continua a cometer violências indescritíveis contra as crianças e eu estou profundamente preocupada com o destino das muitas meninas sequestradas nos últimos meses", disse Leila Zerrougui. O ano de 2013 foi caracterizado por um aumento no número de crianças mortas ou mutiladas em países como o Afeganistão, Síria e Iraque. O recrutamento de crianças na República Centro-Africana foi sistemático e os direitos da infância têm sido violados por todas as partes em conflito, na mais completa impunidade. A Síria manteve-se para as crianças um dos lugares mais perigosos do mundo, enquanto que no Sudão do Sul o conflito que eclodiu em Dezembro de 2013 cancelou a maior parte dos progressos feitos para proteger as crianças, depois da independência do País.
As grandes crises de 2013 continuam ainda durante este ano. No Iraque, os recentes ataques por parte dos militantes do Estado Islâmico do Iraque e da Síria (Isis) criaram uma situação extremamente volátil e perigosa para as crianças. O representante especial está a receber relatórios inquietantes de recrutamento e de outras graves violações contra as crianças, que necessitam de uma intervenção imediata.
"Aquilo que é comum na maior parte destas situações de conflito é que os direitos das crianças são violados em total impunidade", disse Zerrougui.








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