2014-07-01 17:05:13

Pe. Neuhaus SJ: dor e pesar pela morte dos jovens judeus. É preciso colocar fim à espiral de violência


Jerusalém (RV) – “Vivemos hoje uma imensa tristeza pelo que aconteceu ontem. Uma tristeza que aumentou porque aumentava a esperança nestes dias pela sorte dos três jovens. Estamos próximos às famílias e aos seus amigos, rezamos para que o Senhor os ajude a viver, a seguir em frente e os console nesta grande dor que atingiu a todos”. Com estas palavras de pesar o Vigário Patriarcal para os Católicos de língua hebraica do Patriarcado Latino de Jerusalém, Padre David Neuhaus SJ, expressa o sentimento dos cristãos da Terra Santa diante da morte de Eyal Yifrah, Gil-Ad Shayer e Naftali Frenkel, três jovens judeus desaparecidos nas proximidades de Hebron e cujos corpos sem vida foram encontrados nesta segunda-feira, 30 de junho, no povoado de Halhul. Os três freqüentavam a escola rabínica de uma colônia judaica.

Diversos líderes políticos israelenses atribuíram ao Hamas o tríplice homicídio e anunciaram duras represálias. Durante as operações de busca aos três desaparecidos - conduzidas pelo exército israelense -, foram mortos cinco palestino e mais de 400, a maioria ligada ao Hamas, presa.

“Agora – declarou Pe. Neuhaus à Agência Fides – aumenta também o medo pela reação. Vivemos dentro de um ciclo de violência que dura dezenas de anos e tememos pelo preço que o povo palestino pagará. Esperamos e rezamos para que os Chefes de Estado de Israel reajam com sabedoria e visão de futuro e não somente olhando para o passado”. Segundo o Vigário patriarcal, a nova espiral de violência que parece envolver a Terra Santa torna ainda mais atual os apelos à paz e à reconciliação lançados pelo Papa Francisco durante a sua recente visita á Israel e Palestina.

“O Papa – sublinhou Pe. Neuhaus – nunca disse que a paz já chegou. Não temos ilusões, sabemos que a violência ainda predomina e o que fez o Papa foi justamente a tentativa de sugerir e abrir alternativas a tudo isto. Nós que vivemos mergulhados neste ciclo de violência, às vezes não conseguimos mais ver a possibilidade que tudo isto acabe. Trata-se, a bem da verdade, de colocar juntos os inimigos. Devemos rezar para que esta situação não dure permanentemente”. (JE)








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