Juba (RV) - “Parem com a guerra e comecem a falar”. É o premente apelo lançado
pelos líderes religiosos cristãos e muçulmanos ao governo e aos rebeldes do Sudão
do Sul para que apliquem os acordos de paz assinados em 11 de junho em Adis Abeba
e coloquem fim ao conflito civil iniciado em dezembro passado. Um comunicado da delegação
das organizações religiosas presentes na conferência de paz de Adis Abeba, denuncia
“o persistente desrespeito dos acordos e os inúteis atrasos nas conversações de paz”,
ao ponto que surge a dúvida se estes empecilhos “não são pretextos para prolongar
a guerra e provocar mais um banho de sangue”.
Os líderes religiosos pedem
às partes em causa que apliquem os acordos de paz (inclusive a formação de um governo
de unidade nacional) sem mais atrasos, a fim de poupar novos sofrimentos para a população,
martirizada por sete meses de guerra. O conflito opõe as forças governamentais fiéis
ao Presidente Salva Kiir e uma série de grupos rebeldes ligados ao ex-vice Presidente
Riek Machar. As conversações de paz em andamento na capital etíope são mediadas pela
IGAD (Autoridade de desenvolvimento econômico regional) e participam representantes
das religiões do Sudão do Sul reunidos na sigla Faith Based Organizations Peace Delegation,
da qual participam o South Sudan Council of Churches e o South Sudan Islamic Council.
(SP)